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Exposição inédita de Mariana Palma é a nova realização do MON para o espaço do Olho
Abertura será no dia 13 de setembro, ao meio-dia, com entrada gratuita das 12h às 13h. A principal obra desta mostra, “Fluir”, foi desenvolvida es...
04/09/2025 11h15
Por: Redação Fonte: Secom Paraná

“Através” é uma mostra individual inédita, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer, que traz a obra da artista contemporânea Mariana Palma ao Olho e espaços da Torre. Com curadoria de Marc Pottier, a exposição reúne telas em tecidos de grandes dimensões, instalações e vídeos, proporcionando ao público uma imersão nas obras. A inauguração será no dia 13 de setembro, ao meio-dia, com entrada gratuita nesse horário.

“Estamos imensamente felizes em receber Mariana Palma no Museu Oscar Niemeyer, uma oportunidade linda para que o público do Museu mergulhe em uma experiência artística rara. Suas obras revelam delicadeza e força ao mesmo tempo, e nos convidam a atravessar camadas de cor, tecido e imaginação”, afirma a secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira.

“A artista brasileira Mariana Palma representa uma potente e promissora geração de mulheres que conquistam um espaço cada vez maior na arte contemporânea. De forma poética, ela evoca a natureza com sutileza, de maneira tão bela quanto única”, diz a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.

De acordo com Juliana, ao entrar na imersão proposta pela artista, o público vai se deparar não apenas com obras de arte, mas com a possibilidade de perceber novos sentidos. “O seu trabalho, com leveza e sofisticação, envolve o espectador”, afirma. “A exposição evoca a ideia de atravessamento, seja ele de camadas, de tecidos, de imagens ou do tempo. Suas obras fluem, carregam movimento”.

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Mariana tem obras no acervo do MON e, nos últimos anos, participou de exposições como “Afinidades” e “MON sem Paredes”. Seus trabalhos criam espaços pictóricos únicos, construídos pela justaposição de diferentes elementos.

Grandes telas com cores saturadas podem lembrar cortinas de teatro com flores e tecidos estampados, drapeados e desfiados. As fotografias mescladas com pinturas e os bordados de larga escala criam uma natureza-morta contemporânea forjada com elementos vivos e em decomposição, elementos da pintura clássica e objetos considerados residuais, mesclando o nobre e o residual.

A principal obra desta exposição, “Fluir”, foi desenvolvida especialmente para o espaço do Olho. É uma grande instalação que utiliza tecidos, água, espelhos quebrados e iluminação especial. O objetivo foi criar a ilusão de uma grande cachoeira que invade o ambiente.

O vão da escadaria da Torre ganhou uma grande instalação com tecidos impressos com imagens. No Espaço Araucária, embaixo do Olho, o público encontrará vídeos com projeções de alta definição de imagens de flores que permeiam todo o trabalho da artista.

“A obra 'Fluir' acabou se tornando o centro da exposição, não só fisicamente, mas conceitualmente também”, explica Mariana. “A partir dela, fui organizando os outros trabalhos como desdobramentos – uns mais silenciosos, outros mais intensos, todos dialogando com essa ideia de imagem como aparição. Tudo vai se revelando aos poucos, como quem mergulha em um tecido e vai encontrando outras camadas, outras paisagens”, diz a artista.

O curador afirma que o título “Através” evoca a passagem através do espelho, como imaginada por Lewis Carroll em seu famoso romance “Alice no País das Maravilhas”.

“Nesta exposição do MON, os espelhos são as transparências das obras, o que pode ser interpretado como uma metáfora para a autodescoberta e o confronto com o inconsciente”, diz Marc Pottier. “É uma exploração da passagem de um mundo racional para um mais absurdo e ilógico, onde as regras usuais são invertidas e o homem poderia, talvez, libertar-se da realidade”, comenta.

Foto: Reprodução/Secom Paraná
Foto: Luciana Kater

MARIANA PALMA– Nascida em São Paulo em 1979, ingressou no curso de bacharelado em artes plásticas, em 1998, da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), concluindo-o em 2000. A artista já realizou exposições individuais em Florianópolis (SC), Recife (PE), Curitiba, Ribeirão Preto (SP) e em diversas galerias de arte. Em 2006 participou de sete coletivas, dentre elas a Rumos Artes Visuais. Nos anos anteriores, suas obras já puderam ser apreciadas em 21 exposições coletivas.

Recebeu vários reconhecimentos, como o Prêmio Exposição Individual do Sesc Ribeirão Preto, em 2003, além de outras premiações: Prêmio Aquisição do Museu de Arte Contemporânea de Campinas, do Museu de Arte de Ribeirão Preto e da Casa do Olhar em Santo André, em 2003, 2005 e 2006, respectivamente.

Participou de projetos com Albano Alfonso, Sandra Cinto e Eduardo Brandão, entre outros artistas. É uma artista que dialoga com o mundo das cores em seus trabalhos e se entorpece dele, com grande riqueza de detalhes. Com base na construção de espaços pictóricos, trabalha em suas obras a justaposição de elementos e técnicas diversificadas, em um desejo de apurar a linguagem da pintura e expressar suas inquietações.

SOBRE O MON– O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Serviço:

Exposição “Através”, da artista Mariana Palma

Abertura: 13 de setembro, 12h (entrada gratuita das 12h às 13h)

Olho, Espaços Araucária e escadaria da Torre

Museu Oscar Niemeyer

Rua Mal. Hermes, 999 – Centro Cívico - Curitiba

www.museuoscarniemeyer.org.br