O Centro Cultural Teatro Guaíra lamenta o falecimento de Paulinho Maia, aos 70 anos, ocorrido nesta terça-feira (2), em Curitiba. Parceiro desde 1974 do Teatro Guaíra, ele atuava como cenógrafo, figurinista, diretor teatral e de arte e ator.
Formado pelo Curso Permanente de Teatro da Fundação Teatro Guaíra, Paulinho dedicou sua vida às artes cênicas e marcou gerações de artistas e plateias.
Ao longo de sua carreira, foi premiado e reconhecido por sua criatividade, talento e dedicação, como com o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), da Semana do Folclore de Minas Gerais e diversas categorias do Prêmio Gralha Azul, entre outros. Em Belo Horizonte, idealizou e criou o Grupo de Teatro Livre da Faculdade de Filosofia de Minas Gerais.
No Teatro Guaíra, deixou contribuições inesquecíveis, como o figurino da segunda montagem de O Quebra-Nozes, no ano 2000, sob a direção de Carla Reinecke. A produção grandiosa reúne todos os corpos artísticos da instituição e encanta milhares de espectadores. Entre seus trabalhos mais recentes no Teatro estão os figurinos de Romeu e Julieta, do Balé Teatro Guaíra, e também d’O Quebra-Nozes de 2023.
Em seu currículo constam trabalhos com grandes autores, como Antônio Carlos Kraide, Yara Amaral, Fátima Ortiz, Edson Bueno, Marcelo Marchioro, Izidoro Diniz e João Luís Fiany, e coreógrafos como Roseli Rodrigues, Luís Bongiovani e Henrique Rodovalho, além de trabalhos de assessoria e assistência para Rosa Magalhães, Kalma Murtinho e Irineu Chamiso.
Também ministrava palestras, oficinas de aperfeiçoamento e reciclagem em cenografia, figurinos e interpretação e, mais recentemente, se dedicava a trabalhos em mídias digitais e ilustrações, como programador visual, e em direção de arte em cinema e TV.
Neste momento de despedida, o Centro Cultural Teatro Guaíra se solidaria com familiares, amigos e todos que tiveram o privilégio de conviver com Paulinho. Sua arte e seu legado permanecem vivos nos palcos e na memória de nossa instituição.
O velório ocorre nesta quarta-feira (3), no Cemitério Vertical de Curitiba, até 16h30.