O documentário "Rodyna", lançado na semana passada na Cinemateca de Curitiba , agora está disponível no YouTube. Ele é fruto de uma parceria entre a Fundação Araucária, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e foi desenvolvido para apresentar a trajetória de professores e pesquisadores ucranianos que atualmente trabalham nas universidades paranaenses graças ao programa Acolhida, do Governo do Estado.
Cerca de 10,6 milhões de pessoas estão deslocadas de forma forçada na Ucrânia por causa do conflito com a Rússia, 3,7 milhões em deslocamentos internos e 6,8 milhões como refugiados no Exterior. Estado com uma das maiores comunidades ucranianas fora da Europa, o Paraná se tornou destino de pessoas que precisaram deixar o país por causa do conflito. Pensando nos cientistas que precisaram interromper suas atividades acadêmicas, o Governo do Estado criou então o Programa Paranaense de Acolhida aos Cientistas Ucranianos.
Voltado inicialmente às mulheres, já que os homens muitas vezes são impedidos de deixar o país pela possibilidade de convocação para a guerra, a iniciativa acabou recebendo tanto pesquisadoras mulheres como homens, que já desenvolvem uma série de pesquisas, principalmente nas universidades estaduais, mas também em outras instituições de ensino superior do Paraná. Atualmente, 24 cientistas ucranianos fazem parte do programa.
Além do documentário, um livro com os estudos que estão sendo desenvolvidos no Paraná por esses pesquisadores será publicado ainda neste ano. A obra vai contar com pesquisas em diferentes áreas, incluindo artigos relacionados, por exemplo, às políticas criminais da União Europeia e a proteção dos direitos humanos no Brasil; a profissionalização do serviço público e o uso de Tecnologia da Comunicação e da Informação (TIC), entre outros.
DOCUMENTÁRIO – A equipe do documentário, que é coordenada pela jornalista Luciane Navarro e formada pelos profissionais Fabio Ansolin, William Clarindo, Jéssica Natal, Henry Milléo, Julio César Prado, Mirna Bazzi e Cristina Gresele, acompanhou a rotina de 22 bolsistas ucranianos, suas famílias e colegas de trabalho nas universidades.
O grupo percorreu, desde 2022, as cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Irati, Jacarezinho, Guarapuava, Londrina, Prudentópolis, Maringá, Foz do Iguaçu e Toledo. Os três anos de trabalho resultaram em cerca de 200 horas de gravação e mais de 150 horas de produção e edição. É esse material que dá corpo à obra, que tem 67 minutos de duração.
Confira o documentário: