Cultura Piauí
Prédio do Museu do Piauí passará por restauração e terá café aberto ao público
A Casa de Odilon Nunes, casarão centenário que abriga o Museu do Piauí, passará por restauração e ganhará um café, ambiente aberto ao público que d...
27/07/2025 10h10
Por: Redação Fonte: Secom Piauí

A Casa de Odilon Nunes, casarão centenário que abriga o Museu do Piauí, passará por restauração e ganhará um café, ambiente aberto ao público que deverá se tornar um refúgio no meio do centro de Teresina. O projeto está sendo conduzido pela equipe de Patrimônio Histórico da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com a finalidade de proporcionar a criação de um espaço aconchegante para que o visitante do museu tenha a possibilidade não apenas de conhecer o acervo, mas também de apreciar a gastronomia local e a arquitetura preservada do casarão.

Foto: Reprodução/Secom Piauí
Imagens: Secult

Ao longo dos seus 166 anos de história, o prédio já foi residência particular e também utilizado como a primeira sede do governo provincial. A edificação foi restaurada em 1980, quando o acervo foi organizado pela Fundação Joaquim Nabuco e o museu iniciou suas atividades. Em 2019, o prédio passou por uma nova restauração, mantendo a arquitetura original com as características neoclássicas de linhas sóbrias.

Foto: Reprodução/Secom Piauí

O museu conta com 12 salas de exposição permanente, além de uma área para arte contemporânea, um pátio e uma reserva técnica. O acervo inclui peças pré-históricas, objetos de arte, mobiliário, documentos, fotografias e também peças relacionadas à cultura indígena, afrodescendente e regional. Ao todo, são mais de sete mil itens em exposição.

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Foto: Reprodução/Secom Piauí
Imagem do projeto do café que será construído no interior do Museu do Piauí

O novo café será construído na área interna do pátio e do jardim. Segundo o coordenador do Patrimônio Histórico da Secult, Ismael Júnior, a Casa de Odilon Nunes é um dos grandes patrimônios piauienses e possui um imenso acervo de peças e artigos históricos. Mas o tempo de permanência dos visitantes, nesse fluxo entre um espaço e outro, é pequeno. A área do jardim, apesar da beleza, não tem oferecido as condições adequadas para que o visitante tenha uma experiência completa no espaço. Com a construção do café, o visitante terá essa possibilidade.

“Normalmente, a pessoa faz a visita guiada, observa todas as peças e depois vai embora. Ao contrário de outras referências de museu que a gente tem no Brasil, em que a gente entra, visualiza todas as peças do acervo, faz o passeio e continua dentro do museu, porque esses locais sempre têm um restaurante ou um café, um jardim para o visitante sentar e contemplar e vivenciar realmente um tempo de melhor qualidade dentro da edificação”, comenta Ismael Júnior.

Foto: Reprodução/Secom Piauí
Imagem do projeto do café que será construído no interior do Museu do Piauí

O projeto possibilitará a revitalização do jardim, adequação do espaço para ofertar mais acesso, mais assentos, novo conceito de iluminação, além da restauração do prédio com pintura nas cores originais. É intenção do projeto também, dotar o espaço de estrutura para que os profissionais que trabalham remotamente possam utilizar o café com essa finalidade. “A gente vê essa demanda hoje de café, onde muitas pessoas frequentam diariamente para trabalhar. Então, é trazer realmente o público para trabalhar dentro do museu e a gente fazer a ampliação do horário de funcionamento do prédio”, completa.

Foto: Reprodução/Secom Piauí
Imagem do projeto do jardim que será construído no interior do Museu do Piauí

Para a diretora do Museu do Piauí, Dora Medeiros, esse café vai contribuir também com as iniciativas que o Governo do Estado vem adotando para a revitalização do Centro de Teresina, atraindo mais público em circulação. No mês de junho, o museu recebeu 512 visitantes, sendo que 306 deles eram turistas de fora do Estado. “Essa obra vai ser muito importante para o museu, para atrair um maior público e diversificar o perfil dos visitantes. A gente precisa desse atrativo, desse espaço aconchegante, para que as pessoas passem mais tempo no museu. Mas também é uma forma do museu contribuir com a revitalização do nosso Centro, que abriga tantos casarões importantes, históricos, tão significativos para a nossa identidade”, afirma Dora Medeiros.