A quinta noite de festejos do 67º Festival Folclórico do Amazonas, realizada no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, no bairro Distrito Industrial, zona sul, teve uma programação recheada de quadrilha, toadas, danças indígenas e internacional. O evento é uma realização do Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
FOTO: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa
Abrindo a noite, a quadrilha cômica Folia e Fuleragem trouxe o tema “Entre sonhos e pesadelos”. A apresentação brincou com o universo da DreamWorks, misturando realidade e fantasia em um espetáculo pensado para o público infantil, com coreografias lúdicas, humor leve e uma construção visual impactante. “Trabalhamos com muito cuidado para manter o tom infantil, e tudo foi construído desde outubro do ano passado”, contou o coreógrafo Rhandy.
Na sequência, o grupo Garrote Brilho do Campo encantou com o tema “O folclore brasileiro do Bumba Meu Boi ao Boi Bumbá”, celebrando a diversidade do país com toadas, poesia popular e o abraço simbólico entre caboclos, indígenas e ribeirinhos. “Montamos esse boi para brincar, mas deu tão certo que hoje estamos aqui”, disse, emocionado, Jeverson, também conhecido como Artista Cabeça, diretor e fundador do grupo.
FOTO: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa
Em seguida, o grupo Tribo do Baniwa apresentou o ritual sagrado de Yakumama, a Mãe das Águas, destacando a cosmologia do povo Baniwa. A cerimônia retratada evocou proteção e equilíbrio com a natureza em um espetáculo cheio de significado. “A mensagem é sobre nossos povos originários, que vêm sofrendo com a seca, o desmatamento e as queimadas”, explicou Kadu Alencar, pajé do grupo.
FOTO: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa
O tom bem-humorado voltou à arena com a quadrilha cômica As Poderosas na Roça, que apresentou “Uma história de amor e humor no São João”. A quadrilha levou leveza e alegria ao público. “A gente mostra que o amor é mais importante que tudo”, disse Loren Ohio, apresentadora do grupo.
Com muito charme e elegância, o grupo de dança internacional Al-Karak celebrou seus 25 anos com o espetáculo “Persépolis, a eterna cidade de Dario”. Inspirados na grandiosidade histórica da cultura persa, os dançarinos levaram à arena uma homenagem à cidade-símbolo das celebrações e conquistas do rei Dario. “Trazer esse conhecimento e essa cultura pra arena não tem preço”, comentou o presidente do grupo, Maico Muniz.
Fechando a noite, o grupo Candomblé Afro apresentou a dança afro-brasileira “Exu: As Sete Chaves do Meu Caminhar”. A performance trouxe uma convocatória à resistência e à valorização das religiões de matriz africana, reverenciando a espiritualidade como força de afirmação e luta. “É muito importante tirar a imagem negativa que existe em cima do Candomblé”, afirmou Eleonardo Rodrigues, vice-diretor do grupo. Para Mãe Lília, participante do grupo, o momento foi de afirmação: “A nossa religião é muito bonita. Juntos nós somos mais fortes”.
Programação de quinta-feira
As apresentações continuam nesta quinta-feira (17/07), com mais seis espetáculos no CCPA. A noite começa às 20h com o Garrote Regional Estrelinha. Às 20h50, a quadrilha duelo Mosketeiros na Roça entra em cena; seguida pela quadrilha duelo Pistoleiros na Roça, às 21h40. O Cacetinho Jurupixuna se apresenta às 22h30. Em seguida, às 23h20, a quadrilha duelo Os Intocáveis na Roça anima o público. Encerrando a noite, à 00h10, é a vez da quadrilha duelo Em Busca da Paz.