Cidades Operação Transporter
Gaeco atua contra megaesquema de lavagem de dinheiro incluindo, Ubiratã e Juranda, apreendendo R$280 Milhões em bens
Ao todo, foram executados 19 mandados de busca e apreensão domiciliar, 11 de busca pessoal e um de monitoração eletrônica
12/06/2025 12h34
Por: Redação Fonte: MPPR
Reprodução

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), dos núcleos de Cascavel e Maringá, cumpriu nesta quarta e quinta-feira (11 e 12 de junho) uma série de ordens judiciais no âmbito da Operação Transporter, deflagrada nos estados do Paraná e de São Paulo. A ação investiga crimes como organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Ao todo, foram executados 19 mandados de busca e apreensão domiciliar, 11 de busca pessoal e um de monitoração eletrônica. A Justiça também determinou a suspensão de dois passaportes. Além das medidas pessoais, foram sequestrados bens de alto valor, incluindo um imóvel, uma aeronave, veículos, ativos financeiros e criptoativos, avaliados em aproximadamente R$ 280 milhões.

Durante o cumprimento das ordens, um dos alvos foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Com ele, os agentes apreenderam 732 munições calibre 9mm — sendo 396 intactas e 336 deflagradas.

As ordens foram expedidas pela Vara Criminal de Ubiratã e cumpridas em diversos municípios: Foz do Iguaçu, Ubiratã, Juranda, Goioerê e Londrina, no Paraná, além de Presidente Prudente, São Carlos e a capital São Paulo. A operação contou com o apoio das polícias Militar e Civil de São Paulo, além do acompanhamento da Ordem dos Advogados do Brasil, uma vez que um dos investigados é advogado.

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As investigações começaram em maio de 2023, após o Gaeco identificar o crescimento repentino do patrimônio de um dos alvos. O suspeito utilizava uma aeronave para voos frequentes e considerados suspeitos entre o Centro-Oeste do Paraná e o estado de São Paulo. As apurações revelaram ainda a existência de empresas de fachada utilizadas para comercializar produtos de origem criminosa, movimentações financeiras atípicas e investimentos em criptoativos para ocultar bens.

O nome da operação — Transporter — faz alusão à rotina de transporte de mercadorias investigada, com foco especial nas rotas que ligam o Paraná a diversas cidades paulistas.