A 3ª edição da Semana Nacional do Registro Civil, realizada de 12 a 16 de maio em todo o País, promoveu 254 atendimentos a pessoas privadas de liberdade (PPL), custodiadas em unidades prisionais da Região de Curitiba. Coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a iniciativa tem como objetivo combater o sub-registro civil e ampliar o acesso à documentação básica, como registros de nascimento e a nova Carteira de Identidade Nacional, especialmente para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
O coordenador regional da Polícia Penal do Paraná (PPPR) em Curitiba, Márcio Zapchon, ressaltou o empenho das equipes técnicas e de segurança das unidades prisionais na mobilização durante a semana. “É fundamental que essas pessoas tenham acesso à documentação básica, para que, ao deixarem o cárcere, possam acessar emprego, educação e outros serviços, como cidadãos. É algo simples, mas que faz toda a diferença na reintegração social”, afirmou.
No Paraná, até o momento, os atendimentos foram realizados em seis unidades prisionais: Penitenciária Estadual de Piraquara I (24); Casa de Custódia de São José dos Pinhais (19); Centro de Integração Social (34); Penitenciária Central do Estado – Unidade de Progressão (90); Penitenciária Central do Estado – Unidade de Segurança (7); e Penitenciária Estadual de Piraquara II (80).
Acompanharam os atendimentos na Penitenciária Central do Estado-Unidade de Progressão (PCE-UP): representantes do programa Fazendo Justiça – que atua para qualificar o sistema socioeducativo trabalhando com ações para o ciclo completo no campo penal, desde a porta de entrada até a porta de saída –, do CNJ e do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).
Segundo a coordenadora do Núcleo de Identificação Civil e Emissão de Documentos do programa Fazendo Justiça, Virgínia Popiel, a documentação civil é fundamental para garantir outros direitos básicos. “É o reconhecimento, pelo Estado, da pessoa como cidadã. E, para a pessoa privada de liberdade, em cumprimento de medida socioeducativa ou egressa, é a chave de acesso para serviços e políticas públicas, mas também para o recomeço”, destacou.
Já a coordenadora do Complexo Social de Curitiba, da PPPR, Darla Cebulski, explicou que, nesta semana, o foco principal foi a emissão de registros de nascimento e a confecção da nova Carteira de Identidade Nacional. “Estamos priorizando e reforçando os atendimentos nas unidades prisionais, mas esse trabalho é contínuo e será mantido ao longo do ano, incluindo a regularização e emissão de outros documentos, como título de eleitor e carteira de trabalho”, pontuou.
Além das equipes da Polícia Penal, estiveram presentes na Unidade de Progressão Patrícia Cioccari, da área de documentação civil do Programa Fazendo Justiça do CNJ, e Arthur Rempel, do GMF/TJPR.