Foto: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa
A 26ª edição do Festival Amazonas de Ópera (FAO) caminha para o seu encerramento em grande estilo, com a estreia de “As Bodas de Fígaro”, ópera cômica do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, apresentada pela primeira vez na quarta-feira (14/05), no palco do Teatro Amazonas. As duas últimas récitas acontecem nesta sexta-feira (16/05) e domingo (18/05), sempre às 20h.
Montada com uma proposta cênica leve e dinâmica, a produção traz ao público uma das obras mais emblemáticas do repertório lírico, combinando humor, crítica social e música refinada. A trama, ambientada no castelo do Conde Almaviva, gira em torno do casamento do esperto criado Fígaro com Susanna, enquanto enfrentam as investidas do Conde e armam um plano com a ajuda da Condessa para desmascará-lo.
Para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Caio André, o encerramento com uma obra como essa representa mais que um espetáculo: simboliza o impacto cultural e social do festival. “Encerrar o Festival Amazonas de Ópera com uma obra da magnitude de ‘As Bodas de Fígaro’ não é apenas apresentar um espetáculo memorável, mas reafirmar o compromisso do Governo do Amazonas com a democratização da cultura e o fortalecimento da nossa identidade artística”, declarou o secretário.
Foto: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa
A regência é do maestro Marcelo de Jesus, que conduziu a Amazonas Filarmônica e o Coral do Amazonas em uma leitura cheia de nuances, frescor e vitalidade. Para ele, a obra de Mozart continua atual por sua capacidade de emocionar e provocar reflexões, mesmo séculos após sua estreia.
“O grande desafio foi manter a leveza que Mozart exige, sem perder a precisão. A música tem um ritmo natural, um brilho que precisa ser respeitado. Trabalhamos muito esse espírito de fluidez entre os cantores e a orquestra”, afirmou Marcelo.
“Essa montagem tem um frescor especial. O elenco é jovem, comprometido, e isso traz um novo fôlego à história. É uma Bodas de Fígaro que brinca com o tempo, que fala com o presente, mas sem trair a essência de Mozart”, completou o maestro.