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Destaque nacional em pré-natal, Paraná cuida das mães desde o começo dessa fase da vida
A comemoração do Dia da Mães é uma oportunidade de ressaltar a importância da maternidade planejada e da saúde da mulher. O Sistema Único de Saúde...
08/05/2025 09h01
Por: Redação Fonte: Secom Paraná

Em tributo ao Dia das Mães, comemorado no próximo domingo (11), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância do cuidado e apoio de mães e bebês na fase da vida que representa o nascimento de um bebê. Nesses primeiros cinco meses do ano foram registrados 37.014 nascimentos no Paraná, uma média de 308 por dia. No ano passado, no mesmo período, foram registrados 46.137, uma média de 384 por dia. Os números envolvem hospitais e maternidades públicas e privadas.

Quase metade das novas gestantes (49,5%) de 2025 está na faixa etária dos 20 aos 29 anos e 37,8% entre 30 e 39 anos. Mas, acompanhando os novos ritmos de vida, há 3,8% acima de 39 anos.

A comemoração do Dia da Mães é uma oportunidade de ressaltar a importância da maternidade planejada e da saúde da mulher, promovendo o autocuidado e a procura por suporte e apoio quando necessário. A maternidade é uma fase repleta de grandes mudanças na vida de uma mulher. Por isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) do Paraná tem uma atenção especial nesse período, apoiando mães e bebês, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS), em que se iniciam as primeiras consultas e acontece o pré-natal.

O Paraná inclusive é destaque no pré-natal. Segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do governo federal, o Estado é referência nacional no volume de consultas. Os dados mostram que 88,5% das gestantes paranaenses passaram por sete consultas ou mais em 2025. O Plano Estadual de Saúde prevê o monitoramento do número de consultas de pré-natal de maneira permanente, com o objetivo de garantir atenção e cuidado à saúde das gestantes.

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De acordo com a chefe da Divisão da Saúde da Mulher da Secretaria, Carolina Poliquesi, a carteira da gestante é um dos instrumentos utilizados desde a gestação ao pós-parto, pela própria gestante e equipe de saúde, e essencial na organização e cuidado. Ela acrescenta ainda que traz as informações mais importantes da mãe e filho e além disso, pode facilitar o atendimento no caso de alguma urgência ou parto antecipado.

“No Paraná ela foi construída e está disponibilizada pela Sesa de forma personalizada, pois comunica diretamente com os preceitos da Linha Guia Materno Infantil, inserida na Rede de Atenção à Saúde. A carteira serve para registrar informações como consultas pré-natais, resultados de exames, vacinas, peso, altura uterina, pressão arterial e outros dados relevantes para o acompanhamento da gestação”, informa.

Todos os profissionais, especialmente médicos e enfermeiros, aproveitam as consultas da gestante para orientá-la sobre os cuidados durante o período gestacional, como a importância da nutrição adequada, do uso de roupas e sapatos confortáveis, e dos seus direitos sexuais e reprodutivos.

IMUNIZAÇÃO – A imunização é outro cuidado essencial que deve fazer parte do pré-natal de toda gestante. Além de evitar problemas graves de saúde em um momento em que o organismo se encontra mais vulnerável, a mulher que mantém a carteira de vacinação em dia protege seu bebê de doenças importantes, uma vez que passa seus próprios anticorpos para o feto via placenta em um processo conhecido como “imunização passiva”. Após o nascimento, o aleitamento materno segue contribuindo para o reforço da imunidade da criança.

Nesse período, as vacinas mais importantes e disponibilizadas pelo SUS incluem a dTpa (difteria, tétano e coqueluche), a Influenza (gripe), e a hepatite B, além da vacina contra a Covid-19. A dTpa deve ser administrada a partir da 20ª semana de gestação e em cada nova gravidez. A vacina contra a gripe é recomendada em qualquer momento da gravidez e durante o puerpério.

Já a vacina da hepatite B também é recomendada, com três doses em qualquer idade gestacional, considerando o histórico de vacinação anterior.

SAÚDE DA MÃE– O Governo do Estado tem um pacote de ações e programas desenvolvidos para a saúde feminina e que refletem diretamente na qualidade de vida da população, de forma especial, das mães paranaenses.

Várias ferramentas auxiliam nesse contexto para dar suporte e atendimento digno a esta população: a Linha Guia de Atenção Materno Infantil (2022), que prevê a organização dos serviços e ações direcionadas cuidado da mulher; e a Planificação da Atenção à Saúde (PAS) consolidada para a qualificação dos profissionais e seus processos de trabalho na assistência ao pré-natal, que tem como premissas estabelecer protocolos de assistência e acesso e capacita as equipes de saúde do Estado.

Além disso, o Estado disponibiliza um curso de pré-natal para a atenção primária e aulas remotas de temas livres realizadas pelo canal de YouTube da Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP) , e a qualificação do cuidado obstétrico com a formação do enfermeiro especializado, por meio de dois Programas de Residência, um no Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT) e outro no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP).

Outro programa envolve o monitoramento e aprimoramento das equipes, ações e carteira de serviços ofertada às gestantes e bebês de risco intermediário e alto risco dentro do Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do SUS Paraná (HOSPSUS).

Além disso, a estratificação de risco, que determinará a referência para o nascimento, tratamento clínico e/ou situações de urgência/emergência na gestação, puerpério e para o recém-nato até 28 dias de vida.

Com isso, há também uma atenção redobrada aos índices de mortalidade infantil. Nos últimos anos a taxa de mortalidade infantil oscila entre 10,9 por mil nascidos vivos (2016) e 10,7 (2024) no Paraná. Segundo o IBGE, em 2023 a taxa de óbitos por mil nascidos vivos no Brasil foi de 12,5.

“A redução da mortalidade infantil constitui um importante desafio para a saúde pública. No Paraná, nos últimos cinco anos, esse indicador apresentou variações, demandando ações efetivas por parte do poder público. Estamos permanentemente trabalhando nessa área”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes