A Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (Osuel) apresenta nesta quinta (8) e sexta-feira (9), no Teatro Ouro Verde, um concerto dedicado à música barroca, com a participação do renomado violinista Luiz Otávio Santos, referência internacional na prática de música antiga.
As apresentações integram a Série Bourbon, da Temporada Ouro Verde 2025 e os ingressos podem ser adquiridos por meio deste link , com valores promocionais para a comunidade interna da UEL.
O programa contempla três obras do século XVIII. Na abertura, a "Suíte Orquestral nº 3 em Ré maior" de Johann Sebastian Bach, obra célebre por conter a famosa Ária da Quarta Corda, mas que também impressiona por sua leveza dançante e estrutura brilhante.
Em seguida, a Osuel interpreta a "Sinfonia em Si menor", de Carl Philipp Emanuel Bach, filho de Johann Sebastian. A peça surpreende por seu caráter emocional intenso, repleto de contrastes e tensão dramática, revelando a transição entre o barroco e o estilo galante do classicismo.
A última canção é "Música para os Fogos de Artifício Reais", de Georg Friedrich Händel, composta em 1749 para celebrar o Tratado de Aix-la-Chapelle, que encerrou a Guerra da Sucessão austríaca, toma o palco com seu esplendor festivo. Escrita originalmente para uma apresentação ao ar livre, a obra exalta a pompa barroca com fanfarras vibrantes, ritmos marcantes e energia contagiante.
“Os concertos prometem uma experiência sonora marcada pela expressividade e pelo rigor estilístico da interpretação historicamente informada”, explica Rossini Parucci, maestro e diretor artístico da Osuel. “Nesta apresentação, a orquestra convida o público para uma verdadeira imersão no repertório barroco, aliando excelência técnica e uma interpretação apaixonada.”
LUIZ OTÁVIO– Natural de Ituverava (SP), Luiz Otávio Santos é formado em violino barroco pelo Koninklijk Conservatorium de Haia, na Holanda. Atuou como líder e solista de grupos como La Petite Bande, Ricercar Consort e Le Concert Français, além de lecionar em instituições como a Scuola di Musica di Fiesole (Itália) e o Conservatoire Royale de Bruxelles (Bélgica).
No Brasil, é diretor artístico Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, fundador do Núcleo de Música Antiga da Emesp, e doutor em música pela Unicamp. Reconhecido com o título de Comendador da Ordem do Mérito Cultural em 2007, foi eleito pela revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes de 2011.