Os funcionários da Santa Casa de Goioerê estão em greve por tempo indeterminado desde o domingo (23).
Uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR), após manifestação da direção do hospital, determina
que o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Campo Mourão e Região
mantenha 90% dos atendimentos em setores como UTI, pediatria e pronto-socorro.

O prefeito da cidade, Pedro Coelho (PP), informou, após pedidos de vereadores para a intervenção do
hospital, que o município já vem estudando essa possibilidade e tem, inclusive, uma equipe interventora já
preparada. O Ministério Público da Comarca está acompanhando a situação.

A liminar para que a Santa Casa mantenha os serviços em funcionamento é do desembargador Adilson Luiz
Funez. Nas demais áreas de atendimento da unidade, o magistrado determinou que 50% dos atendimentos
sejam mantidos, sob pena de multa diária no valor de R$ 20.000,00 em caso de descumprimento da decisão.

Os funcionários iniciaram a greve devido ao atraso do pagamento dos salários de fevereiro. A Santa Casa alega que a falta de pagamento decorre da ausência de repasse do município durante o mês de fevereiro de
2025.

Nesta quarta-feira (26), às 14 horas, o vice-presidente do TRT-PR, desembargador Marco Antônio Vianna Mansur, fará uma audiência de tentativa de conciliação com os trabalhadores. Um representante do município de Goioerê também deverá participar da sessão, que será online.

A Santa Casa de Goioerê atende pacientes da sede do município e de sua microrregião, como Moreira Sales, Mariluz, Boa Esperança, Rancho Alegre D’Oeste, Juranda, Ubiratã, Quarto Centenário e Janiópolis. A maioria dos atendimentos ocorre pelo convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS).

Em razão da crise financeira enfrentada pelo hospital e agora com a greve, vereadores do município estão pedindo a intervenção da prefeitura na Santa Casa. O prefeito da cidade, Pedro Coelho, disse que tratativas sobre a medida já estão sendo discutidas com acompanhamento do Ministério Público.

O gestor informou que o município já tem inclusive uma equipe preparada para assumir o comando do hospital em caso de intervenção. Sobre o repasse financeiro ao hospital, Coelho disse que o município fará no dia 1º de abril o repasse de R$ 1,2 milhão em recursos. Segundo ele, a verba poderá ser utilizada para pagamento dos salários atrasados.