O Centro Estadual de Capacitação em Arte Guido Viaro, da Secretaria Estadual da Educação (Seed), será representado por três espetáculos gratuitos na Mostra Fringe, ao lado de 280 produções nacionais e internacionais, na 33ª edição do Festival de Curitiba. As apresentações acontecerão entre terça-feira (1º) e o sábado (5), no auditório Beto Lima, na sede da instituição, na Rua Francisco Mota Machado, 490, no bairro Capão da Imbuia, na Capital.

“Em 2024, tivemos lotação máxima em todos os espetáculos. Por isso, resolvemos nos inscrever novamente este ano. Nossa orientação é para que as pessoas com interesse em assistir retirem o ingresso com uma hora de antecedência, porque nossa capacidade de público é limitada”, ressalta a diretora Sabrina Rosa Cadori. “É muito bom perceber o quanto a comunidade que frequenta os cursos livres se envolve, porque estes cursos são diferentes de um curso de educação continuada, que tem certificação”.

O espetáculo “Zulmiro, o Pirata de Curitiba”, que faz parte do repertório do Grupo Teatral Trupe-Palco da Mãe Joana, e que conta a história do lendário pirata de Curitiba, terá duas apresentações: uma no dia 1º, terça-feira, às 20h e outra no dia 5, sábado, às 18h.

Também no sábado (5), mas à tarde, a partir das 15h, a apresentação é do projeto Solus, um trabalho de experimentação cênica dos integrantes do grupo Diegétika, formado por ex-alunos do Guido Viaro. Eles transportam para o palco as relações de investigação filosófica, psicológica e também a questão artística vinculadas às escolhas das cenas, com monólogos desenvolvidos pelos integrantes do grupo, orientados e dirigidos pelo professor Felipe Quadra.

“Os monólogos refletem sobre a vida, a morte, e como lidamos com essa fluidez que existe entre estes extremos”, diz o professor.

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A apresentação da peça “Farsa da Boa Preguiça” será na sexta-feira (4), às 20h. Ela é uma adaptação dos três atos da obra de 1960 de Ariano Suassuna, narrada e comentada por três santos: Manuel Carpinteiro, São Pedro e São Miguel. Ela conta a história do pobre poeta Joaquim Simão e sua esposa Nevinha. que vivem atormentados pelo rico Aderaldo e sua mulher Clarabela. Tudo piora quando os demônios e diabos entram em cena para corromper os humanos e desafiar os santos.

“Essa peça está sendo realizada com os jovens do curso livre de teatro que formaram o grupo Decor. O resultado é uma produção independente e de qualidade e nos mostra o quão importante é o trabalho do ensino da arte feito de maneira pública e gratuita”, diz o professor Felipe Quadra, que também assina o roteiro e a direção.

“Além de aprender sobre o teatro e seus aspectos técnicos, o grupo de alunos, que estudam no contraturno escolar, desenvolveu, ao longo do ano, o espírito de um trabalho conjunto, de forma harmoniosa, responsável e planejada. É por isso que entendemos que a peça é o resultado parcial de um processo em contínuo movimento de aprendizagem”, acrescenta.

Na quinta-feira (03), às 20h, o Centro Estadual de Capacitação e Arte Guido Viaro vai apresentar o espetáculo de dança contemporânea “Por que Sempre Volto”, que também surgiu das experimentações de um grupo formado por pessoas da comunidade que frequentam a instituição.

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SOBRE A INSTITUIÇÃO– O Centro Estadual de Capacitação e Arte Guido Viaro oferece cursos de capacitação em artes visuais; dança; música; circo; teatro; literatura infantojuvenil; arte e tecnologia e cultura corporal, direcionados aos professores da rede estadual e municipal de ensino. Paralelamente, oferta cursos de arte-educação para alunos do curso de Formação de Docentes (Magistério), e cursos livres para alunos da rede estadual no contraturno e para a comunidade.

Também oferece oficinas de cursos livres de diversas linguagens artísticas para adolescentes a partir dos 11 anos de idade e para adultos. Todos os cursos são gratuitos e possuem ofertas anuais.

Todas as sextas-feiras do mês o Centro de Artes recebe no auditório Beto Lima artistas e companhias de artes para espetáculos gratuitos abertos ao público em geral. O nome é uma homenagem ao pintor Guido Viaro, precursor da arte-educação no Paraná.