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Central de Transplantes e Casa Militar reforçam integração para garantir agilidade nas doações

Com o objetivo de aprimorar operação e aumentar o número de transplantes no Paraná, equipes de plantonistas da central e pilotos da Divisão de Tra...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Paraná
19/03/2025 às 09h20
Central de Transplantes e Casa Militar reforçam integração para garantir agilidade nas doações
Foto: Ricardo Ribeiro/AEN

O trabalho conjunto entre a Central Estadual de Transplantes do Paraná (CET) e a Divisão de Transporte Aéreo (DTA) da Casa Militar tem sido essencial para que o Paraná mantenha sua posição como líder brasileiro na doação de órgãos . Com o objetivo de aprimorar operação e aumentar o número de transplantes, equipes de plantonistas da CET e pilotos da DTA participaram de uma atividade de integração nesta terça-feira (18) no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba.

De acordo com os dados mais recentes do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), com informações de janeiro a setembro de 2024, o Paraná é o líder em doações de órgãos no Brasil, com 42,8 doações por milhão de pessoas (pmp), com mais do que o dobro da média nacional, que é de 20,3 doações pmp.

O encontro faz parte de um trabalho de aproximação dos setores para que o Estado siga sendo uma referência na doação de órgãos. Um dos maiores desafios para a realização dos transplantes, principalmente entre doadores e receptores que estão distantes entre si, é a agilidade no transporte dos órgãos, já que eles não podem ficar muito tempo sem circulação sanguínea.

“A nossa intenção é integrar cada vez mais a Casa Militar com a Central de Transplantes, disponibilizando todo o aparato da Divisão de Transporte Aéreo para que possamos salvar cada vez mais vidas. Temos um número crescente de atendimentos, somos líderes nacionais nestes procedimentos, mas queremos ampliar o quanto for possível este trabalho”, afirmou o chefe da Casa Militar, coronel Marcos Antonio Tordoro.

AGILIDADE -Ao longo de 2024, 832 órgãos foram transplantados no Paraná, segundo dados do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná (SET/PR). Deste total, 250 precisaram de transporte aéreo, sendo 30 corações transplantados, 103 fígados e 117 rins.

Cada um destes órgãos tem um prazo máximo de isquemia, que é o tempo que o órgão resiste entre a retirada do doador e o implante no receptor. O mais complicado deles é o coração, cujo prazo máximo é de 4 horas. Um fígado pode resistir cerca de 12 horas e um rim até 36 horas.

“É por isso que é importante ter uma dinâmica muito bem definida, com bons fluxos de comunicação, entre as equipes do transporte aéreo e os plantonistas que fazem a gestão destas informações. Estreitar estes laços entre as equipes pode salvar muitas vidas”, afirmou a capitã Jenifer Formanquevski, pilota do DTA.

Na prática, as equipes da CET fazem a gestão das informações de órgãos disponíveis para doação e de pacientes aptos para receber os implantes, de acordo com os critérios do Sistema Estadual de Transplantes. Ao mesmo tempo, eles ficam em comunicação com a Casa Militar para calcular a viabilidade de transporte destes órgãos caso o doador e o receptor estejam em cidades diferentes.

“Esta integração é fundamental para que as equipes entendam o fluxo de trabalho dos outros órgãos e consigam agilizar a melhor logística possível. O tempo de isquemia é muito curto e quanto mais conseguimos reduzir o tempo gasto com transporte, mais sucesso temos com os transplantes”, afirmou a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Juliana Ribeiro Giugni.

Atualmente, o Paraná tem três aeronaves e um helicóptero disponíveis 24 horas por dia para estas operações. Com uma boa disponibilidade de profissionais e aeronaves para fazer este transporte, o Paraná consegue, inclusive, buscar órgãos em outros estados para pacientes paranaenses.

Para melhorar este serviço, o Estado já fez a aquisição de outras duas aeronaves, que vão ampliar a oferta da Casa Militar no atendimento destas ocorrências. Foram investidos R$ 47 milhões em dois aviões, que começarão a operar até o início de maio.

REFERÊNCIA Além de ter uma estrutura única para o transporte destes órgãos, o Paraná também se diferencia dos outros estados por contar com quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), localizadas em Cascavel, Curitiba, Maringá e Londrina, que prestam o apoio às instituições da rede de doações e transplantes.

Estas organizações ajudam o Estado a ter a menor taxa de recusa de doações do Brasil, com apenas 27% de recusa entre todas as entrevistas feitas com familiares de potenciais doadores. No Brasil, a média de recusa é de 45%.

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