O juiz de direito da 2ª Vara Criminal de Campo Mourão, Mario Carlos Carneiro, decretou a prisão preventiva de F.B.S., de 32 anos, indiciado por triplo homicídio na cidade de Luiziana na noite dessa quarta-feira (5). Ele foi o causador do acidente que tirou a vida de Jefersom Alves da Silva, 42 anos; sua esposa Juliana Brandalize Alves, 40 anos; e a tia dela, Lourdes Alves Ferreira Alves, de 53 anos, enquanto caminhavam às margens da rodovia PR-553, que liga a PR-487 até a cidade de Luziana. Na prática, o réu ficará preso por tempo indeterminado até que seja definida uma pena definitiva.
“A existência dos crimes está provada, havendo fortes indícios de ser o autuado autor dos ilícitos”, ressaltou o juiz na decisão. De acordo com Carneiro, a gravidade das imputações e as circunstâncias do ocorrido revelam a periculosidade do causador do acidente e indicam a necessidade da medida cautelar constritiva como garantia da ordem pública.
O autuado, visivelmente embriagado, foi contido por populares no local, estando bem agitado e agressivo, oferecendo resistência, logo após ter colidido seu veículo Toro em uma camionete Toyota Hilux, a qual rodou na pista e atingiu três pessoas que estavam caminhando naquele local, as quais faleceram na sequência, sendo que o fragranteado ainda resistiu à abordagem policial, xingou os policiais, agrediu o condutor da camionete Toyota Hilux e ao chegar na delegacia danificou a porta da cela em que se encontrava”, citou o magistrado na decisão.
Ainda conforme o juiz, ficou evidenciado “de modo concreto, a ineficácia de qualquer cautelar diversa da prisão”, razão pela qual, neste momento, manter o causador do acidente em liberdade geraria risco à sociedade e ao autuado sentimento de impunidade e serviria de estímulo à reiteração criminosa.
No indiciamento, o delegado de Polícia Civil que atendeu o caso, Douglas Miler Morais, relatou que os depoimentos dos policiais militares que atenderam a ocorrência foram coesos no sentido de confirmar que o investigado apresentava nítidos sinais de embriaguez. Além do crime de triplo homicídio doloso, o autor foi indiciado por crimes contra o patrimônio, já que danificou a cela onde foi preso, embriaguez ao volante e desacato, pois resistiu à prisão, xingando policiais militares que atenderam à ocorrência.
O homem ainda agrediu o condutor de uma caminhonete Toyota Hilux, também envolvido no acidente, mesmo com as vítimas caídas ao solo. “O depoimento da testemunha D. [motorista da Hilux] confirmou ter presenciado o investigado totalmente embriagado e sem nenhuma compaixão com as vítimas caídas no solo”, disse o delegado, ao relatar que o homem ainda foi agredido pelo motorista da Toro.
Segundo o inquérito policial, devido à agressividade do causador do acidente, não foi possível colher seu interrogatório após o acidente. Inclusive, a defesa relatou no momento que o investigado permaneceria em silêncio.