"Deriva", novo espetáculo da Súbita Companhia, estreia na próxima quinta-feira (20) no Teatro José Maria Santos. A temporada segue até 2 de março — de terça a sexta, 20h, sábados com sessões duplas, às 17h e 20h e domingos, às 17h. A entrada é gratuita, com ingressos distribuídos na bilheteria do teatro uma hora antes das sessões.

Com dramaturgia de Maíra Lour e Pablito Kucarz, "Deriva" mostra relações do corpo, da palavra e das imagens com a fúria da cidade e sua brutalidade, beleza, intensidade, contradição e disputa de narrativas. A direção é de Maíra Lour. No elenco estão Dafne Viola, Flávia Imirene, Nathan Gabriel, Pablito Kucarz e Patricia Cipriano.

"Deriva" convida a percorrer um trajeto no centro histórico de uma cidade. Dentro da paisagem, o espectador vive o tempo para observar, perceber os detalhes e reconhecer as narrativas que se sobrepõem. Nas encruzilhadas, o encontro entre sankofas e azulejos portugueses, lixo e árvores centenárias, coisas e gentes. Refletidos na vitrine das lojas estão pessoas de um lugar que nunca para.

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A criação da peça é resultado de estudos do grupo sobre a relação entre o corpo e a cidade. O corpo como território de experiências e sua relação com a paisagem, o espaço, o que está em volta.

A partir da afirmação do geógrafo Milton Santos ("O centro do mundo está em todo lugar, o mundo é o que se vê de onde se está"), a Súbita Companhia iniciou leituras, derivas e vivências no espaço urbano. Para esta cartografia coletiva o grupo convidou Carla Kinzo, Sol Faganello e Ivan Haidar para residências imersivas com elenco e direção para colaborar com o pensamento e a prática sobre o corpo, a palavra e as tecnologias buscando traduzir a própria cidade sobre os corpos dos artistas em cena.

A cidade é uma experiência múltipla, plural, híbrida, adaptável e mutável. O corpo, nesse contexto, se espacializa e se historiciza em relação com as coisas e os outros. A pesquisa de linguagem cênica da Súbita Companhia considera o corpo como lugar de atravessamento de questões poéticas, políticas e estéticas. É a partir do corpo que o grupo entende a criação em dramaturgia e encenação contemporâneas e assim traça interesses e desejos artísticos.

O projeto de criação da dramaturgia do espetáculo foi realizado através do Edital PNAB Fomento (Aldir Blanc II) da Fundação Cultural de Curitiba e o projeto de montagem através do programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas, no qual a companhia foi contemplada no biênio 2024-2025.

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SÚBITA COMPANHIA– A Súbita Companhia de Teatro é um coletivo de artistas com sede em Curitiba, que cria espetáculos, produtos audiovisuais, publicações e ações formativas desde 2007. A companhia desenvolve uma pesquisa continuada em encenação e dramaturgia contemporâneas com foco nos estudos do corpo e do movimento, sempre com interesse em estabelecer um lugar de criação e experimentação com outros artistas e companhias nacionais e internacionais para seguir atualizando desejos e modos de fazer teatro.

A trajetória do grupo conta com 18 peças, três cenas curtas, oito curtas metragens, 11 publicações em dramaturgia, além de eventos de formação artística e inúmeros workshops, residências, temporadas, circulações e participações em eventos culturais e festivais.

Serviço:

De 20 de fevereiro a 02 de março

Terças, quartas, quintas e sextas, às 20h; sábados, às 17h e às 20h; domingos, às 17h

Local: Teatro José Maria Santos (Rua Treze de Maio, 655, Curitiba

Entrada gratuita (ingressos distribuídos uma hora antes das apresentações)

Classificação indicativa: 14 anos

Apresentações com Libras: 21 e 28/02 (sextas-feiras), às 20h

Apresentação com Audiodescrição: 01/03 (sábado), às 17h