O primeiro encontro do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue em 2025 foi realizado nesta terça-feira (21), no Gabinete de Gestão Integrada (GGI), no Palácio Iguaçu em Curitiba. Além do grupo, composto por representantes de 13 secretarias, autarquias e órgãos estaduais e 32 instituições parceiras, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) consolidou o apoio do Conselho Regional de Corretores do Paraná (Creci-PR). A reunião teve o objetivo de discutir e analisar o atual panorama das arboviroses (dengue, chikungunya e zika) no Paraná.
Também esteve presente na reunião do comitê a consultora técnica da coordenação geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Marcela Santos, trazendo o panorama geral das arboviroses no Brasil.
“É fundamental promover uma coordenação eficiente e intensificar as iniciativas colaborativas entre os diferentes setores do Governo e as organizações da sociedade civil para assegurar resultados efetivos. O panorama atual sugere a união de forças”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O Creci-PR vai prestar apoio às iniciativas do Estado, por meio dos corretores que, periodicamente, visitam os imóveis, terrenos vazios e locais fechados. De acordo com o presidente Luiz Celso Castegnaro, são cerca de 50 mil corretores imobiliários que poderão ajudar nesse enfrentamento.
“Temos mais de 100 grupos de corretores, representantes, delegados municipais e contato com as autoridades locais. Há corretores imobiliários em praticamente quase todos os municípios, com uma comunicação através do nosso cadastro”, ressaltou.
O comitê analisou os dados do período epidemiológico 2024/2025, a evolução dos casos e reforçou a continuidade das ações para enfrentamento da dengue e implementação de medidas para intensificar a luta contra os vetores das arboviroses, em especial o mosquito Aedes aegypti.
AÇÕES -A Sesa vem trabalhando constantemente durante todo o ano com as ações de combate à dengue, zika e chikungunya junto aos municípios, incentivando e orientando-os na adoção das novas tecnologias e ações localizadas, com o aval do Ministério da Saúde.
Dentre as ações mencionadas e já em funcionamento no Estado estão o método Wolbachia a utilização da técnica de borrifação residual (BRI-Aedes) em imóveis considerados especiais com grande circulação de pessoas, o monitoramento da infestação vetorial com o uso de armadilhas de oviposição (ovitrampas), a compra de tablets para os Agentes de Combate a Endemias dos 399 municípios.
Além disso, existem outras ações que envolvem a sociedade, parceiros e a população, tais como campanhas publicitárias e as iniciativas de força-tarefa na remoção de entulhos, organizadas pelos municípios em conjunto com as regionais.
A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes Maria Goretti, também ressaltou a importância da atuação da população no combate à doença.
“A participação popular é indispensável nessa luta contra o mosquito. Essa é uma responsabilidade compartilhada, e cada cidadão tem um papel fundamental para vencermos essa batalha. Desde o potinho com água parada até grandes espaços que possam ter criadouros”.
Criado em 2019, o Comitê Intersetorial de Controle da Dengue tem como objetivo implementar ações de forma unificada e intersetoriais de mobilização para a intensificação do combate à doença.