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O Balé Teatro Guaíra celebra o público alcançado em 2024 com exatos 56.800 espectadores que prestigiaram os espetáculos ao longo do ano, incluindo as produções de repertório e “O Quebra-Nozes”, que uniu todos os corpos artísticos do Centro Cultural Teatro Guaíra em dezembro.
O diretor da companhia, Luiz Fernando Bongiovanni, destaca que 2024 foi um ano especial, marcado pela intensa produção artística. “Levamos a arte do Paraná além das fronteiras, com destaque para a apresentação na Dinamarca, com um grande êxito. Além disso, tivemos uma agenda intensa no Guairão, com seis temporadas que nos colocam no mesmo patamar de fluxo de produção das grandes companhias internacionais. Foi um excelente ano”, afirma Bongiovanni.
Ele também ressalta o trabalho colaborativo realizado no espetáculo de "O Quebra-Nozes", que reuniu todos os corpos artísticos do Centro Cultural Teatro Guaíra. “Encerramos o ano com um espetáculo grandioso, envolvendo a Orquestra Sinfônica do Paraná, o Balé Guaíra 2 e a companhia principal. Nosso desafio é sempre alcançar um público ainda maior.”
A temporada começou com um clássico revisitado: “Romeu e Julieta”. Em parceria com a Orquestra Sinfônica do Paraná, o espetáculo atraiu mais de 6,5 mil pessoas em quatro apresentações no auditório Bento Munhoz da Rocha.
Em abril, aconteceram os ensaios para a criação “Unwaltz – isso não é uma valsa”, do coreógrafo francês Mathieu Guilhaumon. As apresentações em maio no programa “Conexões”, junto com “Outras Estações”, de Jorge Garcia, uniram a leveza da valsa vienense ao vigor da dança contemporânea. Ambas as peças, acompanhadas pela Orquestra Sinfônica do Paraná, exploraram narrativas e estéticas distintas, oferecendo ao público uma experiência única.
“Contraponto", um dos grandes sucessos da companhia e que estreou no palco Salvador de Ferrante (Guairinha) em 2023, foi o destaque da Semana de Dança de Niterói em julho do ano passado, abrindo o evento fluminense.
De volta para casa, após a estreia no Rio de Janeiro, o espetáculo foi novamente apresentado ao público em Curitiba, desta vez no auditório Bento Munhoz da Rocha (Guairão), e atravessou fronteiras, com uma turnê na Dinamarca .
A apresentação da coreografia Castelo foi destaque no Festival de Verão da Dinamarca, o Sommerballet, que aconteceu no Teatro Bellevue na cidade de Klapenborg em agosto. O público dinamarquês ficou encantado com a coreografia assinada por Alessandro Sousa Pereira, com uma recepção positiva também da crítica dinamarquesa.
“Foi um trabalho intenso, moderno e ousado que Alessandro Pereira criou, e é ótimo que o Bellevue Teatret consiga atrair boas companhias estrangeiras para a Dinamarca”, citou o jornal “Villabyerne”. “Você fica completamente encantado de energia e euforia com a estatal brasileira Balé Teatro Guaíra, que apresenta seu novo trabalho “Castelo”. Uma noção moderna de um mundo em constante mudança, onde corpo e alma devem lutar para não serem destruídos”, descreveu a publicação “Magasinet KBH”.
A turnê fora do Brasil não apenas consolidou a presença da companhia no cenário artístico internacional, mas também abriu portas para futuras colaborações. “O reconhecimento do público internacional é um marco na história do Balé Teatro Guaíra. Foi emocionante ver a potência dos nossos artistas ser aplaudida em outro continente”, celebrou Bongiovanni.
De volta ao Brasil, “Contraponto” percorreu cidades do Paraná, como Assis Chateaubriand, Apucarana, Cascavel e Maringá, reafirmando o compromisso do Balé Teatro Guaíra em levar a arte para todas as regiões do Estado.
Em outubro, o palco do Teatro Guaíra recebeu novamente o consagrado espetáculo “Lendas Brasileiras”, lotando o Guairão em todas as sessões. Mais de 8 mil pessoas, entre crianças e adultos, prestigiaram a releitura das figuras do folclore nacional, como Mula-sem-cabeça, Boitatá, Curupira, Vitória-régia e Boto-cor-de-rosa. A produção contou com a parceria da Orquestra Sinfônica do Paraná, que executou a trilha ao vivo sob a regência do maestro José Soares.
Reforçando o viés criativo e inovador da companhia, novembro foi marcado pela estreia do ousado espetáculo “Orfeu e Eurídice”, que trouxe ao palco do Guairão uma releitura da clássica tragédia grega, misturando a cultura das danças urbanas e música ao vivo com elementos eletrônicos. A montagem atraiu 5,4 mil pessoas. “Este trabalho celebrou o viés de produção criativa que temos buscado consolidar”, afirmou o diretor da companhia.
PERSPECTIVAS PARA 2025- Para este ano, o BTG continua apostando na circulação nacional e internacional. Em março, a companhia embarca para Lisboa, Portugal, com apresentações já confirmadas. Também retorna à Dinamarca em agosto, levando novamente a coreografia de Castelo que compõem o espetáculo "Contraponto”. No Brasil, o Balé Teatro Guaíra passará pelas cidades de Belo Horizonte e São Paulo, além de circular por outros municípios do Paraná.
“Nossa meta é consolidar cada vez mais o trabalho do Balé Teatro Guaíra, aumentando a circulação dos espetáculos”, comenta Bongiovanni. Segundo ele, em 2025, a meta é também trabalhar em mais dois novos espetáculos inéditos – um deles será apresentado também na Dinamarca – e dar continuidade ao repertório já consagrado.
“O ano de 2025 será um ano de consolidação do que construímos até aqui. Vamos levar o Balé Teatro Guaíra a novos públicos, ao mesmo tempo em que seguimos criando e nos desafiando”, completa.
O desafio também incluirá ajustes na agenda, já que o Teatro Guaíra passará por reformas, reforçando a importância das apresentações itinerantes para manter a conexão com o público.
