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Concorrendo na categoria “Melhor Espetáculo de Dança de 2024”, o Corpo de Dança do Amazonas foi o grande campeão na sexta edição do Prêmio Arcanjo de Cultura com o espetáculo “TA | Sobre ser grande”, de Mário Nascimento. O tradicional evento foi realizado na segunda-feira (02/12), no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo e premia os destaques das artes cênicas nacionais.
Esta edição contou com a presença de nomes ilustres como Marília Gabriela, Nany People, Débora Falabella e Jota Pê, concorrendo nas categorias principais. Em sua categoria, o CDA concorreu com grandes projetos como “Sagração”, da Companhia de Dança Deborah Colker; “Anunciação”, da Cia Cênica, e “Tudo que a boca come”, do Núcleo Ieê.
Miguel Arcanjo, idealizador da premiação, pontuou que a indicação do CDA se deu devido à participação da sua última temporada no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, e Festival de Curitiba 2024, no qual, pela votação do júri, foi aclamado como vencedor.
Mário Nascimento destaca que o prêmio também é uma homenagem aos povos originários da Amazônia, já que a coreografia tem inspiração neles. “Esse prêmio é uma celebração aos povos originários e à força da região Norte do país, à força e energia do elenco do Corpo de Dança do Amazonas, que representa tão bem a região por onde tem passado. Um projeto que nasceu na pandemia ganhando o destaque graças à potência que é o CDA”, afirmou.
O espetáculo
“TA” significa Grande para os Tikunas, um dos povos originários do Amazonas. Trata-se de uma expressão curta carregada de sentidos, já que a língua para esses povos é parte deles, os sons do ambiente fazem parte do idioma que se fala, sejam roncos, chiados e tantos quantos conseguem escutar, definem onde vivem como “TA”.
O espetáculo já participou de grandes eventos relacionados à dança, como “Festival de Curitiba”, “Abril para dança”, “Virada Cultural São Paulo”, “Semana Paulista de Dança”, “Mostra Giro Dança”, “Festival Dança em Trânsito”, entre outros.
O Corpo de Dança do Amazonas
O Corpo de Dança do Amazonas – CDA foi criado em 1998 pelo Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura, para compor os Corpos Artísticos do Estado do Amazonas. A companhia é referência em Dança Contemporânea no Amazonas e na região Norte do país, mantendo uma programação artística com repertório diverso.
A companhia vem construindo um patrimônio imaterial reconhecido nacionalmente. São mais de 60 obras realizadas com a colaboração de artistas convidados do Brasil e do exterior, que mostram a diversidade cultural local por meio da pluralidade da dança contemporânea.
Por meio de suas ações, o CDA visa à difusão da dança, ao aprimoramento técnico e artístico, à pesquisa, ao desenvolvimento de projetos artístico-culturais e à formação de um público crítico, que receba em cada apresentação a qualidade, a energia e a paixão que a companhia tem no seu jeito de fazer dança.
O CDA visa, ainda, articular diálogos que ampliem e potencializem sua capacidade de atuação, sempre pensando e repensando sua função e contribuição na formação cultural, levando em consideração a singularidade da Amazônia e a diversidade e abrangência da cultura.