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Nos próximos dias, o Cineteatro Guarany será palco de uma programação voltada ao audiovisual com exibições de filmes de longa-metragem, curta-metragem e mostras culturais, promovidos pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
As sessões, com entrada gratuita, acontecem entre os dias 03 e 14 de dezembro de 2024, com destaque para a exibição inédita do filme “Quiári”, do diretor Thiago Jesus, que será apresentado em duas sessões na quinta-feira (05/12).
A programação inclui também filmes da “Mostra novos artistas em cena”, com curadoria de Wander Luís, e uma série de filmes e espetáculos, como a estreia do espetáculo “Em Nome da Família” e a exibição do curta-metragem “Flores Secas”, de Arnaldo Barreto.
A I Mostra “Subjetividades Amazônidas” será lançada nesta terça-feira (03/12), das 18h30 às 21h, no Cineteatro Guarany, com uma nova exibição na sexta-feira (06/12) no mesmo horário. Coordenada pelo professor Ronaldo Gomes, da pós-graduação em Psicologia (UFAM), a iniciativa é parte de uma disciplina que desafia os alunos a usar o formato de documentário como método de pesquisa.
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Com uma abordagem que combina ensino, pesquisa e extensão, a metodologia destaca a ética e a participação ativa dos envolvidos. Os participantes acompanham e aprovam o processo de edição e recebem devolutivas ao longo do trabalho.
O projeto resultou em materiais que dão voz às vivências amazônicas e foram doados à Secretaria de Cultura, promovendo visibilidade para as comunidades locais. A proposta é seguir articulando arte e ciência, com foco no impacto social e acadêmico.
Estreia
Na quinta-feira (05/12), a noite inicia com a obra “Quiári” em duas sessões, a primeira de 19h às 19h30, e a segunda das 19h30 às 20h. O filme narra a história de um jovem indígena que, ao lado de seu irmão Ubiratãn, nasce em uma comunidade tradicional. Em busca de uma vida melhor, ele se muda para a cidade, mas um encontro inesperado com Tuchaua desperta nele uma jornada de autodescoberta. Em meio a desafios e revelações, Quiári parte em uma aventura para reconectar-se com seu passado e suas origens, resgatando as raízes que marcaram sua identidade.
O filme é dirigido por Thiago Jesus, um ator, diretor e produtor de ascendência indígena. Nascido em Manaus, Thiago fez parte de diversas obras regionais, sendo algumas delas também produzidas e dirigidas por ele. Thiago atuou no longa de direção global “Jamary” (2024) e exibe pela primeira vez o filme “Quiári”, de sua autoria.
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Novos artistas
No sábado (07/12), ocorre a Mostra de Filmes Novos Artistas em Cena das 18h30 às 20h30, coordenada por Wander Luís, realizador audiovisual há 23 anos, e aborda temas diversos através do audiovisual. A atividade foi desenvolvida em parceria com o Cineteatro Guarany entre os meses de setembro e outubro de 2024, com cerca de 45 alunos. Dentre as obras produzidas estão:
“Cineme” (2024), com direção de Lunara Nery, aborda uma sequência de eventos absurdos recorrentes após uma noite de ida ao cinema, onde um grupo de pessoas se vê inesperadamente dentro deles. A obra possui uma duração de 12 minutos, seu gênero é comédia e a classificação indicativa é de 14 anos.
“Crarosa” (2024), é um filme com direção de Rafael Creder, que fala a respeito de um casal de artistas que se encontra em crise, tendo que dançar apaixonadamente no palco, mas não se conectam mais fora dele. Sua duração é de 5:51 minutos com o gênero drama e faixa etária de 14 anos.
“Leso” (2024), com direção de Wander Luis, retrata sobre um rapaz metido a paquerador que irá ter uma surpresa ao cantar uma bela moça. A duração do filme é de 1:11 e seu gênero é comédia, a faixa etária é 14 anos.
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“O susto” (2024), é uma obra de Oscar Amaral que fala sobre a experiência sobrenatural que um rapaz vivencia em um cinema. O filme possui a duração de 1:36 minuto, com o gênero terror e classificação indicativa de 14 anos.
O filme “Heroi” (2024), de Davi Marinho, é uma animação stop-motion a respeito dos famigerados super-heróis que conhecemos desde a infância. O gênero dele é animação e a classificação indicativa é de 14 anos.
Ruth: Vamos falar de medo? (2024), é uma obra de autoria de Davi Marinho, e fala sobre uma jovem que tem pavor de ficar sozinha e de escuro, e de repente se vê no meio de tal situação, qual será a atitude de Ruth a respeito?, o gênero do filme é voltado para o suspense/terror e a classificação indicativa é de 14 anos.
No dia 10 de dezembro, das 19h às 21h, acontece o espetáculo “Em nome da família”. Dirigido por Elizeu Melo e com classificação indicativa de 16 anos, a trama é um drama intenso que aborda os conflitos e segredos de uma família marcada por traumas e sentimentos reprimidos. Enquanto Margaret enfrenta problemas de saúde e Edward lida com a doença, os laços familiares se enfraquecem, trazendo à tona rancores antigos e feridas emocionais difíceis de curar. A peça explora temas como culpa, vício e as tentativas de salvar os que amamos, mostrando que, muitas vezes, o maior inimigo está dentro de nós.
E para encerrar a programação da quinzena, no dia 14 de dezembro, ocorre a exibição do curta-metragem “Flores secas”, de Arnaldo Barreto. A sessão começa às 19h e se estende até as 21h. “Flores Secas”, é um curta de Arnaldo Barreto, que se passa na cheia histórica do Rio Negro em 1953, durante uma epidemia de febre amarela.
A trama acompanha Dasdor, uma mulher que deseja ser mãe, e Marepe’Í, uma indígena que foge da doença. Dasdor acolhe Marepe’Í, mas suas intenções levam a conflitos psicológicos e emocionais intensos. O filme recria o cenário amazônico da época com atenção aos detalhes e foi realizado com apoio da Lei Paulo Gustavo.