A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, bate um papo descontraído com a apresentadora Eliana Alves Cruz no Trilha de Letras desta quarta-feira (11/9). Durante o programa inédito, que vai ao ar às 23h30, na TV Brasil , ela revela uma faceta pouco conhecida pelo público: a de escritora.
Recentemente, ela lançou o livro Direitos de para Todos . Na obra, reúne 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e, a partir de crônicas, interpreta cada um. A edição é ilustrada por pinturas de Candido Portinari.
Ao longo da conversa, Cármen Lúcia fala sobre sua relação com a literatura e com escritores, sobretudo de sua terra natal, Minas Gerais. Ela conta que a família, que residia na cidade de Espinosa, reunia muitos livros, revistas e jornais. "As letras fizeram parte da minha vida desde sempre", lembra.
A convidada do Trilha de Letras comenta também que a educação se faz por meio da leitura e que, diante da velocidade da informação nos dias de hoje, são os livros que permanecem. “Essa permanência reflete a permanência do ser humano consigo mesmo, com seu prumo para manter-se em sua humanidade e manter sua identidade", reflete a ministra.
Ainda na conversa, Cármen Lúcia conta parte de sua história e destaca aspectos dos direitos humanos que estão no dia a dia. Segundo ela, "um país é feito de braços abertos e mãos dadas". "É preciso estar alerta às situações em que esses direitos são negados a determinados grupos sociais", completa.
No quadro Dando a Letra , espaço do programa com dicas de livros, a jornalista e escritora Rosiska Darcy indica o título Imagens da Branquitude (2024), de Lilia Schwarcz. A obra recém-lançada analisa o fenômeno social e cultural da branquitude a partir de suas manifestações simbólicas e iconográficas.
O Trilha de Letras busca debater os temas mais atuais discutidos pela sociedade por meio da literatura. A cada edição, o programa recebe um convidado diferente. A atração foi idealizada em 2016 pela jornalista Emília Ferraz, atual diretora do programa que entrou no ar em abril de 2017. Nesta temporada, os episódios foram gravados na BiblioMaison, biblioteca do Consulado da França no Rio de Janeiro.
A TV Brasil já produziu três temporadas do programa e recebeu mais de 200 convidados nacionais e estrangeiros. As duas primeiras temporadas foram apresentadas pelo escritor Raphael Montes. A terceira, por Katy Navarro, jornalista da Empresa Brasil de Comunicação ( EBC ). A jornalista, escritora e roteirista Eliana Alves Cruz assume a quarta temporada, que também ganha uma versão na Rádio MEC .
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