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Caixa Cultural no Rio apresenta mostra Faróis do Cinema
De acordo com Mariana, a mostra foi inspirada no blog Faróis, escrito em 2008 pelo crítico de cinema Carlos Alberto Mattos, no qual entrevistava di...
26/08/2024 13h21
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

A partir desta terça-feira (27), a Caixa Cultural Rio de Janeiro Unidade Passeio sedia a mostra gratuita Faróis do Cinema dedicada exclusivamente a cineastas do sexo feminino. A quarta edição da mostra permanecerá aberta até 8 de setembro, de terça-feira a domingo, a partir das 13h. Haverá distribuição de senhas 30 minutos antes do início das sessões e das atividades extras. A programação pode ser acessada no site da Caixa Cultural .

Serão exibidos 12 longas-metragens dirigidos por diretoras brasileiras de várias gerações, e 11 longas e quatro curtas indicados por elas como seus “faróis”, ou seja, filmes que influenciaram suas carreiras ou serviram de inspiração, informou à Agência Brasil a curadora da mostra, Mariana Bezerra Cavalcanti.

“A mostra fala mais dos filmes faróis do que das obras das diretoras, nesta edição”, explicou Mariana. Ela celebrou o fato de o evento poder reunir, atualmente, um número significativo de diretoras de cinema, coisa que há alguns anos não era imaginável. “Felizmente, tem aumentado a participação de mulheres no cinema nacional”, disse.

Muitas das cineastas têm como “faróis” obras estrangeiras consideradas marcos históricos do cinema, como Hiroshima Meu Amor , de Alain Resnais, de 1959, e Viver a vida , de Jean-Luc Godard, de 1962. Há “faróis” nacionais de relevo também, entre os quais Deus e o diabo na terra do sol , de Glauber Rocha, de 1964, e A hora da estrela , de Suzana Amaral, de 2011.

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Projeto

De acordo com Mariana, a mostra foi inspirada no blog Faróis, escrito em 2008 pelo crítico de cinema Carlos Alberto Mattos, no qual entrevistava diretores de cinema. Em 2010, o cineasta Marcelo Laffitte e a produtora Mariana Bezerra Cavalcanti propuseram a Mattos realizar uma mostra inspirada no seu blog, que recebeu o título Faróis do Cinema – Documentário Brasileiro – Quem Faz e Quem Inspira. A partir daí, houve novas edições em 2011, 2014 e, agora, este ano.

A abertura da mostra 2024 será com Susanna Lira, nesta terça-feira, com a pré-estreia do filme Fernanda Young, foge-me ao controle e a exibição do seu “farol” Cabra marcado para morrer , de Eduardo Coutinho. Seguem Aída Marques, diretora de Agudás - Os brasileiros do Benin , que indicou Hiroshima Meu Amor , de Alain Resnais. Mangueira em dois tempos , de Ana Maria Magalhães, será acompanhado por Viver a vida , de Jean-Luc Godard. Beth Formaggini, diretora de Xingu Cariri Caruaru carioca , escolheu Deus e o diabo na terra do sol , de Glauber Rocha, como seu “farol”.

Clarissa Campolina, co-diretora de Enquanto estamos aqui , tem como “farol” Iracema, uma transa amazônica , de Jorge Bodanzky e Orlando Senna. Helena Ignez apresenta seu mais recente filme, A alegria é a prova dos nove , e sua inspiração Quanto mais quente melhor , de Billy Wilder. Como nossos pais , de Laís Bodanzky, faz par com A hora da estrela , de Suzana Amaral. Luciana Bezerra, co-diretora de A festa de Léo , indicou curtas-metragens de Kleber Mendonça Filho ( Vinil verde , Eletrodoméstica e Noite de sexta, manhã de sábado ).

Marina Meliande, diretora de Mormaço , tem como “farol” O bandido da luz vermelha , de Rogério Sganzerla. Patrícia Niedermeier, co-diretora de Salto no vazio , indicou As praias de Agnès , de Agnès Varda. A dupla jornada , de Helena Solberg, é o “farol”de Tetê Moraes, diretora de O Sol - Caminhando contra o vento . E Adeus América , de Sergio Oksman, foi o filme escolhido por Theresa Jessouroum, diretora de O corpo é nosso!

Extras

A Mostra Faróis do Cinema oferecerá ao público bate-papos com dez cineastas convidadas após a exibição dos filmes, com participação dos críticos de cinema Leonardo Luiz Ferreira e Carlos Alberto Mattos. No dia 31 deste mês, às 13h15, a cineasta mineira Clarissa Campolina, que trabalha com uma linguagem mais poética, dará uma oficina de produção sobre cinema. “Ela tem um coletivo de mulheres e falará sobre como as mulheres fazem cinema”, disse Mariana Bezerra Cavalcanti. As vagas são limitadas a 25 pessoas e os ingressos gratuitos devem ser retirados antecipadamente, 30 minutos antes da atividade. A classificação etária para a oficina é 16 anos.

No dia 4 de setembro, às 19h, Carlos Alberto Mattos e a curadora Mariana contarão ao público a história da mostra, falando de casos, conversas e filmes exibidos desde a primeira edição, em 2010.