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Centro de Capacitação Guido Viaro é o vencedor do 25º Prêmio Arte na Escola Cidadã
É o maior reconhecimento nacional do trabalho docente em artes visuais, teatro, dança e música. A unidade da Secretaria da Educação do Paraná venc...
13/08/2024 16h06
Por: Redação Fonte: Secom Paraná

O Centro Estadual de Capacitação em Artes Guido Viaro, unidade da Secretaria da Educação do Paraná, foi o vencedor deste ano do 25º Prêmio Arte na Escola Cidadã. É o maior reconhecimento nacional do trabalho docente em artes visuais, teatro, dança e música nas cinco etapas da educação básica (da creche à educação de jovens e adultos) de escolas públicas e particulares de todo o Brasil. Ele é realizado pelo Instituto Arte na Escola (IAE).

O Centro Guido Viaro venceu na categoria Educação Não Formal com o projeto “Diários Invisíveis”, idealizado pela professora Daniella Nery e realizado em processos colaborativos com estudantes do Ensino Fundamental ll e Ensino Médio de várias escolas públicas estaduais, que participam do curso livre Dança no Centro. "É incrível ter um projeto contemplado num espaço que pulsa arte e educação”, afirma.

O projeto teve início em 2022, quando os estudantes iniciaram um processo de preparação com propostas de consciência corporal, improvisação e procedimentos de criação. Não era o objetivo final, mas a consequência foi o surgimento do trabalho coreográfico intitulado "Diários Invisíveis" em que as potencialidades e protagonismos dos estudantes evidenciaram um processo de ensino-aprendizagem compartilhado, baseado no diálogo.

Durante a pandemia, quando se questionava o isolamento social e as consequências disto, o projeto surgiu com uma análise importante voltada às urgências e necessidades do ser humano, em realizar ações coletivas. “A ideia do projeto foi expressar através da dança, a solidão, a depressão, o medo da perda, o querer abraços, a relação com as redes sociais, a rebeldia, energia e tédio”, explica Daniella.

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A escolha do nome “Diários Invisíveis” foi sugerido durante as aulas, quando em um bate-papo a professora relatou aos estudantes que registrava em um diário questões e emoções vivenciadas por ela na adolescência, o que chamou a atenção dos jovens, já que muitos deles, nem sequer sabiam o que seria um diário de papel.

NOVA CATEGORIA– O Prêmio Arte na Escola Cidadã tem o objetivo de reconhecer, revelar e dar visibilidade a projetos desenvolvidos por arte-educadores em exercício e reconhecer e divulgar projetos exemplares nesta área de conhecimento. Em 2024, completou 25 anos e, como ação comemorativa, lançou uma nova categoria. Além das cinco já existentes (Educação Infantil, Ensino Fundamental 1, Ensino Fundamental 2, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos), surgiu a categoria Educação Não Formal, na qual o Paraná foi campeão.

O prêmio tem a missão de incentivar professores, dando visibilidade para projetos com potencial para transformar estudantes, cidadãos e comunidades.

Na edição de 2024 foram inscritos mais de mil projetos de todas as regiões brasileiras. O professor premiado recebe R$ 10 mil e a produção de um documentário sobre seu trabalho.

Os trabalhos inscritos foram avaliados em três etapas de seleção. Nas etapas locais e regionais foram analisados por professores de artes de universidades que compõem a Rede Arte na Escola, liderada pelo Instituto Arte na Escola (IAE). A decisão final coube a uma comissão nacional formada por especialistas em artes e educação.

HOMENAGEM– Esta edição homenageou, pela primeira vez, um coletivo indígena. O Mahku – Movimento de Artistas Huni Kuin, indígenas da etnia Huni Kuin- que na língua hantxa kuin, da família linguística pano, significa “gente verdadeira”- e que também são conhecidos como Kaxinawá, originário da Aldeia Chico Curumim, no Alto do Rio Jordão, no Acre. Juntos criam obras que são construídas com cores vivas e formas diversas para apresentar cantos de cura de seu povo, visando fortalecer a tradição e o idioma Huni Kuin por meio da arte.