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Repórter é investigado pela polícia por passar informações privilegiadas para organização criminosa

O jornalista avisa os criminosos sobre operações e investigações

08/08/2024 às 12h41
Por: Redação Fonte: Catve
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Imagem Ilustrativa
Imagem Ilustrativa

Um repórter de Maringá é investigado pela Polícia Civil por fazer parte de uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e homicídios na região. Os agentes cumpriram um mandado de busca contra ele nesta quinta-feira (8).
O envolvimento do jornalista com o grupo criminoso após a análise do celular de um homem morto em confronto com a polícia durante a operação "Todos Por Um", em 2023.
A análise do celular apreendido revelou que o repórter, utilizando o acesso proporcionado pela sua profissão, repassava informações confidenciais sobre apreensões de drogas, homicídios, autores e vítimas dos crimes, além das linhas de investigação policial.
Ele também fornecia informações sobre a localização de equipes de segurança e divulgava detalhes de operações policiais antes de sua execução, comprometendo potencialmente o sucesso dessas ações.
Em uma das conversas interceptadas, ele avisou um dos líderes da organização sobre uma operação iminente: "Recebi uma informação agora, tô indo para o local. Diz que balearam um cara na Mandacaru agora, em frente do Kennedy".
Além disso, o repórter enviava fotos dos locais de crimes e das vítimas para os integrantes da organização criminosa, permitindo que eles tomassem medidas para evitar a captura e frustrar as investigações. Em outra mensagem, ele descreveu o local de uma apreensão de drogas e as movimentações da polícia em tempo real: "Essa carreta tava lá estacionada no G10, ali na Morangueira. Ele pegou essa droga em Foz do Iguaçu e ia levar para Minas Gerais".
Um dos trechos mais incriminadores das conversas revelou a gravidade da ligação entre o repórter e os criminosos. O repórter não apenas fornecia informações, mas também incentivava atos violentos. Em uma mensagem, ele disse: "Hoje foram para matar ele e erraram os tiros. Inclusive, deram uma recompensa de R$ 5.000 se alguém matasse ele". Em outra ocasião, ele mencionou: "Então menino, tinha que ter feito ele né. Para a gente filmar ele no chão".
Com base nas evidências, o repórter será indiciado pelo crime de integrar organização criminosa, conforme o artigo 2º da Lei 12.850/2013.

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