Na Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM), que inicia nesta quinta-feira (1º), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância da amamentação, assim como suas ações e o apoio a iniciativas em prol do aumento das taxas de aleitamento materno. Atuando o ano todo neste sentido com diversas estratégias, a pasta promoverá diversos eventos durante o mês, o Agosto Dourado, para chamar a atenção sobre o tema.
A Sesa possui a Rede Estadual de Bancos de Leite Humano, que atualmente conta com 15 bancos de leite humano (BLH) e 15 postos de coleta (PCLH) em todo Estado. Esses serviços são especializados e fazem a coleta e o processamento do leite doado com rigoroso controle de qualidade. Depois, distribuem para bebês prematuros e de baixo peso, além de oferecer atendimento de orientação, manejo e apoio à amamentação.
Somente no ano passado a rede de BLH do Paraná coletou mais de 25 mil litros de leite humano, quantidade que atendeu mais de 16 mil bebês em todo Estado.
“Com a doação, bebês que estão internados e não podem ser amamentados pelas próprias mães têm a chance de receber os benefícios do leite humano com a doação. Com ele, a criança se desenvolve com saúde e tem maiores chances de recuperação e sobrevivência”, disse o secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.
Para fazer a doação, a Sesa orienta que as interessadas entrem em contato com o Banco de Leite Humano ou posto de coleta mais próximo de sua residência. Veja onde estão localizados AQUI .
Homem com dois transplantes e criança com coração novo: sistema paranaense salva vidas
HUMANIZAÇÃO– Outra estratégia importante é o apoio para a certificação dos hospitais “Amigos da Criança”, instituições que adotam critérios como o cuidado respeitoso e humanizado à mulher durante o pré-parto, parto e o pós-parto.
De acordo com a II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal, realizada pelo Ministério da Saúde (MS), a duração média do aleitamento materno exclusivo (oferta apenas de leite materno para a criança até o 6º mês de vida) em crianças que nasceram nesses hospitais foi de 60,2 dias, frente a 48,1 dias em crianças que não nasceram em um Hospital Amigo da Criança.
O estudo revelou, ainda, que nascer em hospitais com o título aumenta em 9% a chance de o recém-nascido ser amamentado na primeira hora de vida. Atualmente, o Paraná conta com 21 hospitais certificados.
Além da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, que forma profissionais da Atenção Básica para orientação sobre o aleitamento materno, o Estado também possui a Estratégia Mulher Trabalhadora que Amamenta, que conscientiza sobre a importância da amamentação e visa estabelecer, tanto em empresas públicas quanto privadas, uma cultura de respeito e apoio à amamentação.
“Essas salas de apoio à amamentação são espaços dentro da empresa onde, com conforto, privacidade e segurança, a mulher pode esvaziar as mamas e armazenar o leite em frascos previamente esterilizados para, ao final do expediente, levar para casa para que seja oferecido ao seu filho na sua ausência, e também, se desejar, doá-lo para um Banco de Leite Humano”, explicou a chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da Sesa, Fernanda Crosewski.
O Paraná possui 21 salas de apoio implantadas em empresas públicas e privadas. A Sesa em parceria com a Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) planeja implantar mais 40 salas de apoio nos prédios públicos do Estado.
BENEFÍCIOS– De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 6 milhões de vidas são salvas anualmente graças ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até os 6 meses de idade.
A importância deste ato vai muito além da nutrição do bebê. Crianças que recebem o leite materno adoecem menos, ficam mais protegidas contra diarreias, doenças respiratórias e otites, além de apresentarem menos riscos para o desenvolvimento de alergias, hipertensão, obesidade e diabetes ao longo da vida.
A prática também favorece o desenvolvimento da cavidade bucal, resultando em dentes mais saudáveis e, consequentemente, menos problemas de mastigação, de fala e respiração.
A amamentação é responsável também por trazer benefícios para a mulher, como o aumento do vínculo com o bebê, redução do risco de câncer de mama e de sangramento no pós-parto, e ajuda na perda de peso pós-gestacional.
EVENTOS– Seguindo o tema proposto para a campanha deste ano, “Amamentação: Apoie, em todas as situações”, durante todo o mês de agosto o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em parceria com as 22 Regionais de Saúde e os municípios, viabilizará diversas ações como palestras, capacitações e caminhadas sobre a importância do aleitamento materno.
No dia 20 acontece no auditório da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, um evento destinado a profissionais de saúde e acadêmicos para discutir, alertar e falar sobre as vantagens do aleitamento materno.
Com foco na construção do processo de acolhimento às puérperas com dificuldade na amamentação, a 1ª Regional de Saúde de Paranaguá vai promover para as equipes assistenciais da Atenção Primária à Saúde (APS) dos sete municípios de abrangência a capacitação “Manejo do Aleitamento Materno”. O encontro inicia no município de Guaraqueçaba no dia 15 de agosto e segue em Paranaguá (19/08), Morretes e Antonina (22/08), Guaratuba (29/08) e Matinhos e Pontal (30/08).
A 20ª RS de Toledo, região Oeste, também promoverá uma capacitação no dia 15 voltada aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e enfermeiros supervisores dos 18 municípios de abrangência. O encontro será no Auditório da Universidade Paranaense (Unipar – Campus Toledo).
Já a capacitação “Amamentação: Apoie em todas as situações" terá como público tutores da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, coordenadores da APS, referências em Nutrição e Saúde da Criança dos municípios e aos profissionais da APS da 3° Regional de Saúde de Ponta Grossa. A ação será no dia 29 em local a ser confirmado.
A programação de outras ações e eventos em todo Estado pode ser verificada junto às secretarias municipais de Saúde.
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