Estratégias utilizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) voltadas à prevenção e ao diagnóstico precoce do HIV/Aids estão no centro das discussões de um encontro da região Sul sobre o tema. O encontro está acontecendo em Curitiba desde segunda-feira (29). Intitulado “Formando Redes”, a série de palestras e atividades vão até quarta-feira (31) com a participação de representantes do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Ministério da Saúde, autoridades médicas e referências no campo das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Desde 2019, a Sesa tem fortalecido a Profilaxia Pré-Exposição (da PrEP), método de prevenção indicado para pessoas que podem ter maior chance de contato com o vírus do HIV. No último ano, o Estado recebeu do Ministério da Saúde o selo de reconhecimento de eliminação da transmissão vertical do HIV, que ocorre quando a doença é transmitida de mãe para filho no útero ou durante o parto.
Por meio da Sesa, o Governo do Estado também mantém, de forma permanente, campanhas de prevenção e capacitação junto às 22 Regionais de Saúde e municípios, com foco em diagnóstico precoce, prevenção e promoção da saúde.
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O evento tem como objetivo principal discutir e promover estratégias de prevenção e fomentar a qualidade de vida de pessoas diagnosticadas. O primeiro caso de HIV no Paraná foi diagnosticado em 1984, seguido pelo primeiro caso em uma mulher em 1986 e, em 1989, o primeiro caso em uma criança. Ao longo desses 40 anos, o Estado tem avançado significativamente no diagnóstico e tratamento da doença
Na avaliação do secretário estadual da Saúde, César Neves, o assunto precisa ser olhado de maneira humanizada. “O Paraná tem sido uma referência na condução de ações de prevenção e na luta contra o preconceito. Temos diversas estratégias sendo conduzidas e a reunião de profissionais da área, com estímulo à troca de conhecimentos, é fundamental para avançar no estabelecimento de uma realidade segura para todos”, destacou.
Apesar da evolução, os cuidados continuam sendo fundamentais. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net) apontam que o Paraná registrou 264 novos casos de Aids e 818 novos casos de HIV somente em 2024. Neste período, 246 pessoas morreram por complicações relacionadas às doenças.
“Mesmo com todos os avanços que tivemos no campo do HIV/Aids, ainda é necessário fortalecer parcerias entre a sociedade civil e a ciência, que é algo que tem acontecido no Paraná. São doenças que exigem uma abordagem multissetorial e por isso esses eventos são tão importantes”, afirmou o diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) do Ministério da Saúde, Draurio Barreira.
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ESTIGMA– Um dos destaques do encontro é o combate aos estigmas que ainda cercam os portadores de HIV/Aids. Mara Franzoloso, chefe da Divisão de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Sesa, enfatizou a necessidade de romper o preconceito. “Para quebrar esse preconceito é fundamental promover a educação e a conscientização sobre a doença, suas formas de transmissão e os avanços no tratamento. Campanhas de sensibilização que envolvam a comunidade e a mídia são fundamentais para ajudar a desmistificar a doença e promover a saúde”, declarou.