A revista científica Brazilian Archives of Biology and Technology (BABT), editada pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), registrou um aumento de 20% na avaliação do CiteScore, um importante indicador internacional que mensura a relevância de publicações científicas. Segundo a mais recente avaliação do Scopus, um banco de dados de resumos e citações, o CiteScore do BABT passou de 1,6 em 2022 para 1,8 em 2023.
O BABT é uma publicação 100% paranaense, que desde 1946 divulga artigos originais de pesquisa e revisões, contribuindo para o fortalecimento da produção científica, nacional e internacional, e também na difusão do conhecimento acadêmico. O periódico está disponível em formato eletrônico na biblioteca digital aberta Scientific Electronic Library Online (SciELO).
Segundo a gerente do Centro de Informações Tecnológicas do Tecpar, Lívia Nogueira, o CiteScore mede o impacto dos periódicos acadêmicos a partir do cálculo do número de vezes em que os artigos publicados neles são usados como referência em outros trabalhos dentro de um período específico. “O aumento do índice do BABT demonstra que a qualidade dos artigos publicados na revista tem crescido a cada ano, fazendo com que eles sejam cada vez mais citados”, explica.
Lívia considera que um dos fatores que contribuem para a credibilidade conquistada pelo BABT junto à comunidade científica é a criteriosa seleção na divulgação de pesquisas de alto nível. “Estamos trabalhando nas políticas editoriais, reduzindo nosso escopo para garantir a qualidade das publicações, e, com isso, ampliamos o reconhecimento nas avaliações internacionais”, ressalta a gerente.
Atualmente, o BABT divulga artigos voltados para seis grandes áreas: agronomia, biologia aplicada, saúde humana e animal, ciência de alimentos, engenharia ambiental e engenharias diversas – desde que contenham uma aplicação prática voltada à tecnologia.
Escolas estaduais inscrições de projetos para Clubes de Ciência vão até 9 de agosto
Secretário detalha avanço da ciência e tecnologia em entrevista à TV Paraná Turismo
FATOR DE IMPACTO– O BABT também comprova sua relevância em outra métrica importante de periódicos científicos, que é o Fator de Impacto. Considerado o principal indicador de qualidade de uma publicação científica, ele identifica a frequência média com que o artigo de determinado periódico é citado.
A revista está entre as publicações brasileiras que têm a visibilidade auditada pelo Journal of Citation Report (JCR), da Clarivate Analytics, empresa que seleciona os periódicos mais expressivos em determinadas áreas do conhecimento em todo o mundo. Segundo a divulgação mais recente do JCR, o Fator de Impacto do BABT se manteve em 1.0 por três anos consecutivos.
“Considerando que período avaliado foi de 2021 a 2023, avaliamos esse resultado de forma positiva, pois o período de pandemia e pós-pandemia afetou muitas revistas no cenário científico internacional e mesmo assim o BABT se manteve estável”, pondera Lívia.
AVANÇO– A revista científica do Tecpar é apoiada por importantes instituições ligadas à produção científica, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) e a Fundação Araucária.
Os trabalhos são selecionados e avaliados pelo corpo editorial, que é composto por pesquisadores brasileiros e estrangeiros com credibilidade e reconhecimento da comunidade científica. A maioria é de universidades estaduais e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), reforçando a parceria do Tecpar com as instituições de pesquisa do Estado.
PARANAENSES– Além de ser referência na produção do conhecimento científico, o Tecpar busca incentivar e valorizar o trabalho dos pesquisadores paranaenses. Em 2023, o Paraná sozinho contribuiu com 35% da produção científica nacional divulgada na revista, que tem alcance internacional. Em 2022, para celebrar o marco de 75 anos do BABT, o Tecpar lançou a edição impressa comemorativa somente com artigos de pesquisadores paranaenses.
Mín. 18° Máx. 28°