O extremista, João Claudio Tozzi, natural de Goioerê, foi condenado por unanimidade, nesta terça-feira (11), pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em atos antidemocráticos em 8 de janeiro de 2023 contra os Três Poderes, em Brasília. Sua pena pode chegar até 20 anos de prisão.
Tozzi já está preso preventivamente pela Polícia Federal em Maringá desde o dia 9 de novembro de 2023. O homem foi localizado em Engenheiro Beltrão. Tozzi participou dos atos terroristas em Brasília em que golpistas invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, onde promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e outros objetos dos edifícios.
O investigado foi identificado por meio da coleta de impressões digitais nas vidraças do STF após os ataques. Durante as apurações, a polícia encontrou vídeos que flagraram a invasão do preso ao Supremo, com destaque para uma cena em que ele se senta na cadeira de um dos ministros da Corte.
Os fatos investigados constituem os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; além de destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
O investigado desapareceu de sua cidade natal desde os episódios registrados em janeiro. Ele morava em uma casa alugada com dois filhos e deixou meses de aluguel atrasado. O homem também foi candidato a vereador em 2012 (PSD) e 2020 (PDT), atingindo pouco mais de 60 votos.
Com a condenação pelo STF, Tozzi deverá ser transferido para a Penitenciária da Papuda, em Brasília.