A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da 20ª Regional de Saúde de Toledo e a equipe técnica do Núcleo de Telessaúde do Paraná, realizou nesta terça-feira (28) uma capacitação sobre os processos de implantação e aperfeiçoamento de fluxos relacionados ao telediagnóstico em dermatologia, que iniciou na região em fevereiro e o início da implantação do telediagnóstico em eletrocardiograma, com previsão de implantação em julho de 2024.
O evento que ocorreu no auditório da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC) e reuniu cerca de 140 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem das Unidades de Atenção Primária à Saúde dos 18 municípios que compõem a 20ª Região de Saúde. Telediagnóstico é o diagnóstico à distância, no qual os exames são transmitidos por meio da internet para um médico especialista emitir um laudo. O objetivo é dar uma resposta mais rápida aos pacientes.
“A Sesa tem investido nas parcerias bem-sucedidas e levará aos municípios possibilidades de implantação de novas ações de telessaúde e irá apoiar os profissionais no manejo de casos melhorando a experiência dos usuários do SUS”, disse o Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Para a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) tem um papel fundamental na resolutividade dos casos de lesões de pele. “A implantação dessa estratégia possibilita a identificação oportuna de lesões já na porta de entrada do paciente ao serviço de saúde, com isso é possível obter uma detecção precoce de casos de doenças mais preocupantes, como o câncer e a hanseníase”, explicou.
A médica dermatologista Fabíola Welter Ribeiro, que atende os usuários da região no ambulatório do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar), apresentou aos profissionais de saúde as ações desenvolvidas pela atenção especializada ambulatorial com foco em queixas de pele na região e também a potencialidade da proposta do telediagnóstico em dermatologia para a APS.
“O usuário é o principal protagonista de tudo que estamos discutindo hoje, é por ele que estamos propondo essa estratégia, para que ele possa ter suas demandas atendidas da melhor forma e em tempo oportuno”, enfatizou a dermatologista.
“É um grande desafio incorporar as Tecnologias de Informação e Comunicação nas práticas da APS, o telediagnóstico em dermatologia e eletrocardiograma são iniciativas muito importantes para região. Esse é só o ponta pé inicial para outras ações a serem desenvolvidas no âmbito da Saúde Digital”, disse o diretor da 20ª Regional de Saúde, Fernando Pedrotti.
TELESSAÚDE– O Telessaúde é uma das estratégias existentes dentro do escopo da Saúde Digital, que utiliza recursos das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação para desenvolver serviços que promovam a integralidade e a continuidade da assistência e do cuidado em saúde entre todos os níveis de atenção no âmbito do Sistema Único de Saúde. Ações de telessaúde podem ocorrer por meio de teleconsultoria síncrona e/ou assíncrona, teletriagem, teleconsulta, teleinterconsulta, telediagnóstico, telemonitoramento, teleorientação e teleducação.
O principal objetivo é promover a articulação entre a Atenção Primária à Saúde (APS) e Atenção Especializada (ambulatorial e hospitalar), para melhoria dos serviços de saúde e fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Ele contribui para a resolubilidade da APS, promove a redução das filas de espera, dos custos, do tempo para atendimentos e diagnósticos especializados, diminui os deslocamentos de grandes distâncias geográficas, melhora a satisfação do usuário e a otimização dos recursos dentro do SUS. No Paraná, o Núcleo Estadual de Telessaúde foi instituído pela Sesa, por meio da Resolução 1048/2021, e desde então articula e disponibiliza ações de Telessaúde.