Uma movimentação diferente, um encontro com a arte, uma pausa para colher sorrisos. Todas essas definições cabem nas apresentações realizadas pela Escola de Dança Teatro Guaíra nas áreas externas e internas do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Foram cinco momentos entre os meses de abril e maio, o último nesta semana. A escola se apresentou na unidade hospitalar pela primeira vez.
A iniciativa acontece como contrapartida do projeto de Lei de Incentivo à Cultura que viabilizou a produção do espetáculo "O Quebra-Nozes" em dezembro do ano passado, que reuniu todos os corpos artísticos do Teatro Guaíra e um público de mais de 15 mil. Por meio da Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra (ABABTG), o projeto teve como instituição beneficiada o Hospital Pequeno Príncipe.
Mariana Saad Weinhardt, do Setor de Educação e Cultura do hospital, destaca que projetos como este são importantes para o acesso à cultura por crianças, adolescentes e familiares de várias cidades do Estado. “Tem crianças que fazem tratamento aqui desde que nasceram, muitas vezes nunca tiveram a oportunidade de ir até mesmo a um teatro. Ou, às vezes, a cidade aonde o paciente mora não tem nem mesmo cinema”, destaca.
A ação incluiu coreografias inéditas e outras adaptadas de espetáculos já apresentados no Teatro Guaíra. “Nós fizemos duas apresentações na parte externa, adaptando para o piso de calçada, e três intervenções internas. Uma delas foi na biblioteca, onde as crianças que estão internadas têm materiais pedagógicos, brinquedos e revistas. Também fomos até a hemodiálise com intervenções mais didáticas, onde fizemos alguns passos de balé, levamos uma sapatilha de ponta, explicamos com ilustrações como a dança surgiu e mostramos por meio de vídeo um pedacinho de um ensaio”, detalha Larissa Pansera, diretora da Escola de Dança Teatro Guaíra.
A série de encontros contribui para o papel social da escola, que é gratuita e mantida pelo Governo do Estado. “Sempre que a gente sai do Teatro para dançar é uma experiência enriquecedora. Você entra no espaço da hemodiálise, onde crianças ficam ali cinco vezes por semana, quatro horas por dia, e tira um sorriso dela, isso não tem preço”, enfatiza a diretora.
GUAÍRA PARA TODOS– Além de ações pontuais com a realizada no Hospital Pequeno Príncipe, o grupo de dança da EDTG vai até os pátios das escolas estaduais, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação. Trata-se de uma das ramificações do programa Guaíra para Todos, que movimenta arte e cultura levando os corpos artísticos do Teatro Guaíra para outros espaços.