Nos últimos dez anos o setor de consórcios vem apresentando um crescimento consistente, mostrando que além de democrático ele atende desde o consumidor que precisa de um serviço até aqueles que decidem comprar um imóvel ou um veículo pesado, como caminhão ou trator, passando por motocicletas, veículos leves ou eletroeletrônicos diversos.
Considerando apenas o mês de fevereiro entre os anos de 2015 até 2024, os 10,44 milhões de participantes ativos deste ano ultrapassaram os volumes contabilizados ao longo de todos os outros anos. O menor volume nesse período aconteceu em 2018 com 6,91 milhões.
“A perspectiva é que o setor de consórcio siga como importante ferramenta de compra para milhões de brasileiros em 2024 que querem comprar sem pagar juros, escolhendo uma mensalidade que cabe no orçamento”, diz Rodrigo Salim, especialista financeiro com mais de 15 anos de experiência em empresas do segmento, graduado em Direito pela Universidade Mackenzie e MBA em Gestão Empresarial pelo INSPER/IBMEC.
Mesmo com as consecutivas quedas da taxa básica de juros Selic pelo Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central, que chegou em 10,75% ao ano e segue com tendência de queda e que faz com que os financiamentos fiquem mais baratos, os consórcios devem seguir seu ritmo de crescimento.
Essa perspectiva da manutenção do ritmo de crescimento em 2024 também encontra razão no reaquecimento do mercado imobiliário, segmento líder em créditos comercializados do Sistema de Consórcios com R$ 141,53 bilhões em 2023, crescimento de 33% sobre 2022.
“Um importante dado que mostra a força do setor de consórcios nesse ano de 2024 e a sua perspectiva de crescimento é que as vendas de cotas no primeiro bimestre apresentaram o mais alto valor dos últimos dez anos, com 637,7 mil adesões”, explica Salim.
Para a ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, esses números do primeiro bimestre de 2024 mostram o setor de consórcios deve, pelos menos, atingir performances semelhantes ao do ano de 2023, pois eles confiam no avanço da conscientização do consumidor sobre planejamento financeiro, principal razão para crescimento dos consórcios.
Ainda segundo a ABAC, dos indicadores Veículos Leves, Motocicletas, Veículos Pesados, Imóveis, Eletros e Serviços, quatro registraram alta nas somas das comercializações e apenas dois queda, mas que pouco interferiram nos resultados apresentados.
“O setor de consórcios iniciou o ano de 2024 comemorando os resultados alcançados durante 2023, com R$ 316,7 bilhões em volumes de créditos comercializados, um recorde e crescimento de 25,6% sobre os R$ 252,1 bilhões de 2022”, comenta Salim.
As 4,18 milhões de novas cotas em 2023, crescimentos de 6,4% sobre 2022, mostram que o sistema de consórcio é uma alternativa de planejamento de compra e deve continuar assim em 2024, sendo certamente a ausência de cobrança de juros, diferente do que ocorre em um financiamento comum, um dos motivos desse crescimento.
Além da possibilidade de escolher entre as muitas opções de valores e prazos, aliado ao fato de ter uma carta de crédito e pode negociar o pagamento do bem à vista, os clientes se beneficiam dos juros zero, tendo apenas que pagar uma taxa de administração, diluída entre todos os meses do plano adquirido.
O consórcio é a modalidade de compra baseada na união de pessoas com a finalidade de formar poupança para a aquisição de bens, sempre realizado por uma administradora que precisa ser autorizada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil.
“Antes de adquirir uma cota de consórcio é preciso saber que essa é uma modalidade de compra planejada, para quem não tem pressa ou a necessidade imediata de um bem”, finaliza Salim.
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