Os seguros residenciais estão em tendência de alta no país. Segundo dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), entre janeiro e agosto de 2023, a contratação deste tipo de seguro cresceu 13% em comparação com o mesmo período de 2022. Em quatro anos, a modalidade avançou 25%, e a estimativa é que atualmente cerca de 20% dos domicílios contam com uma apólice que protege a sua residência.
Um dos principais motivos para o avanço do seguro residencial é o aumento de temporais, ventanias e ciclones, que têm sido cada vez mais comuns no Brasil, especialmente no verão - fruto das mudanças climáticas que afetam todo o planeta. De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a frequência de chuvas extremas triplicou na Grande São Paulo em uma década. Também há aumento na incidência de chuvas de granizo, vendavais e tornados.
No entanto, somente 10% das apólices contratadas atualmente incluem a cobertura para desmoronamentos, enquanto a de alagamento representa menos de 1% do total, de acordo com a FenSeg. As coberturas mais comercializadas dentro do seguro residencial são incêndio, danos elétricos, vendaval, roubo e responsabilidade civil.
Para Gustavo Zanon, CEO Seguralta, maior rede de franquia de corretoras de seguros do Brasil segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o seguro residencial é um importante aliado para evitar prejuízos e minimizar os danos ao patrimônio. Além de oferecer a possibilidade de incluir cláusulas que protejam o imóvel de alagamentos ou prejuízos causados por tempestades, a modalidade oferece assistências que auxiliam os segurados em consertos de elétrica e hidráulica.
“Há uma grande variedade nas coberturas oferecidas pelas apólices de seguros residenciais. Inclusive, algumas contam com uma série de assistências que podem ser acionadas pelos clientes para soluções de problemas rotineiros que, em muitos casos, demandam a contratação de um prestador de serviço para serem solucionados”, afirma.
Em 2023, a Seguralta ampliou em 29,7% a arrecadação de prêmio no seguro residencial em comparação com o ano anterior, e totaliza quase 20 mil apólices da modalidade. Apesar da expansão, Zanon avalia que há muito espaço para crescimento. Ele cita exemplos de países onde a grande maioria das residências têm proteção contra catástrofes climáticas.
“A maioria dos brasileiros ainda não tem o hábito de adquirir o seguro residencial. Atualmente, temos aproximadamente 12,7 milhões de residências seguradas no país, menos de 20% dos domicílios. É muito pouco quando comparado com outras localidades. Em países como Estados Unidos, França e Chile, esse percentual ultrapassa 80%”.
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