O desempenho positivo da economia, com indicadores melhores do que os esperados pelos especialistas, estimula a expansão de redes varejistas. De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central, o ano de 2023 registrou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% - sendo que a estimativa era de 0,5%.
Com números melhores do que o estimado, as grandes redes de varejo reforçaram seus planos de expansão. Segundo dados do IBEVAR-FIA, os supermercadistas são as maiores potências do varejo no Brasil. E isso afeta diretamente os strip malls, empreendimentos focados em conveniência.
"As redes de strip malls têm uma sinergia muito grande com redes de varejo, especialmente os minimercados, que preenchem as necessidades de conveniência e praticidade", explica Marcos Saad, sócio da MEC Malls, empresa que faz a concepção e gestão de strip malls no Brasil.
O Grupo Carrefour, por exemplo, teve o maior faturamento dentre as empresas de varejo brasileiras, somando R$ 108 bilhões. Parte desse sucesso se deve à estratégia de apostar em mercados de vizinhança, com o Carrefour Express.
Magazine Luiza (R$ 45 bilhões de faturamento), Via, dona das redes Casas Bahia e Ponto (R$ 36 bilhões) e o grupo de drogarias Raia Drogasil, com crescimento de R$ 31 bilhões, complementam o ranking de crescimento do IBEVAR-FIA. Outro indicativo importante foi a inflação, que, pela primeira vez de 2020, fechou dentro da meta, em 4,46%.
"Como os centros de proximidade - que são os strip malls - focam em serviços de conveniência, nossos maiores parceiros têm registrado um crescimento bastante alto, incluindo redes de drogarias, que são indispensáveis em nossos empreendimentos", complementa Saad, que também é Presidente do Conselho da Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls).
Prova do crescimento das maiores varejistas do Brasil é que, em 2023, o faturamento total das 120 maiores, segundo a IBEVAR-FIA, foi de R$ 794,5 bilhões - 16,09% a mais em relação ao ano anterior.
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