Após encontrar irregularidades, como produtos fora do prazo de validade, o Exército brasileiro apreendeu explosivos em uma pedreira de Campo Mourão. Ela também está temporariamente proibida de comprar explosivos e outros materiais controlados. O fato ocorreu após investigações sobre ocorrências registradas na última semana, em relação a explosivos que haviam sido roubados do local e foram apreendidos por agentes do Serviço Reservado da Polícia Militar (PM).
No dia 8, foram recolhidos cerca de 50 quilos de dinamite e mais 4 quilos no dia 10, em uma residência. No próprio material explosivo, havia uma identificação que coincidia com o produto roubado da empresa.
Em ação conjunta entre militares do Exército, PM e serviços de inteligência de ambas as instituições, foi realizada a Operação Ágata Fronteira Oeste II. Os militares constataram que diversos produtos da pedreira estavam vencidos e incapacitados para uso. Também foram encontradas várias outras irregularidades no local, inclusive onde os explosivos eram estocados.
Não havia, por exemplo, controle na entrada e saída dos produtos, e a documentação do estabelecimento estava vencida há 30 dias. No local, os agentes apreenderam cerca de 2.425 quilos de emulsão, 8.164 metros de cordel detonante, 2.900 quilos de Anfo (Ammoniun Nitrate-Fuel Oil), 23 unidades e 90 conjuntos de detonadores não elétricos.
O diretor da empresa esclareceu que o estabelecimento não foi interditado. “A empresa não está paralisada, não foi fechada, continua trabalhando normalmente. A gente não tem ligação nenhuma com as pessoas que roubaram”, disse, ao acrescentar que apenas o “paiol” foi paralisado até a apresentação da devida documentação. Ele falou, ainda, sobre a suspensão da aquisição do material. “A gente não está proibido de detonar aqui na empresa, mas de manusear e comprar explosivo, por enquanto, até a gente comprovar a nossa documentação”, enfatizou.
Diante disso, os produtos irregulares foram apreendidos, recolhidos pelo Exército e levados para um local seguro, em que ficarão à disposição da justiça. Em função das irregularidades, no momento, a empresa está, portanto, proibida de comprar explosivos e outros materiais controlados.