O Centro Cultural Teatro Guaíra mais uma vez é protagonista do Festival de Curitiba, de 25 de março a 7 de abril. O Guairão, o Guairinha e o Teatro Zé Maria, todos parte da estrutura do Governo do Estado, recebem grandes peças e programação extensa da Mostra Lucia Camargo, que é a grande atração da 32ª edição. Neste ano o Museu Paranaense, um dos mais antigos do País, também recebe uma apresentação.
Com cerca de 300 atrações, reunindo estreias nacionais, espetáculos premiados e aclamados pelo público, além de dança, circo, humor, música, oficinas, shows, performances e gastronomia, o Festival de Curitiba é um dos mais importantes circuitos de teatro do País.
“Temos a proposta de produzir um ‘Festival para Todos’, que abrace todos os tipos de públicos, idades, com acessibilidade, diferentes gêneros e estilos artísticos, mantendo boa parte da programação de forma gratuita e plural, promovendo assim, por meio da arte, a economia criativa e o turismo de Curitiba e região”, explica o diretor do Festival de Curitiba, Leandro Knopfholz.
Nomes consagrados das classes artísticas estão confirmados nessa edição, como Marco Nanini, Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros, Patricya Travassos, Eduardo Moscovis, Bete Coelho, Georgette Fadel, Luís Melo, Clayton Nascimento, Ranieri Gonzales, Renata Carvalho, Kiko Mascarenhas, Cássia Damasceno, participação de grupos como Galpão e Magiluth, direção de Gerald Thomas, Fábio Porchat, Deborah Colker, Giovana Soar, Daniela Thomas, performances de Alessandra Maestrini, Danilo Gentili, Ed Gama, Nany People, entre outros.
A venda de ingressos acontece pelo site oficial www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física no ParkShoppingBarigüi (piso térreo).
MOSTRA LUCIA CAMARGO– A Mostra Lucia Camargo terá curadoria da produtora e pesquisadora Daniele Sampaio, da atriz e diretora Giovana Soar e do dramaturgo e crítico teatral Patrick Pessoa, que selecionaram 22 espetáculos que representam a diversidade do atual cenário do teatro nacional.
Estarão em cartaz no Guairão espetáculos consagrados, como “Traidor”, escrito por Gerald Thomas para Marco Nanini, em que o personagem conduz o espectador por uma espécie de fluxo de sua consciência; a estreia nacional de “Agora É Que São Elas”, com direção e texto de Fábio Porchat, com as comediantes Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco em 20 personagens; bem como o sucesso “DUETOS, A Comédia de Peter Quilter”, peça encenada em mais de 20 países, com Patricya Travassos e Eduardo Moscovis; além do mais novo espetáculo de dança de Deborah Colker, “Sagração”, que adiciona sons e ritmos brasileiros à partitura de Igor Stravinsky e conta com a energia, vigor e originalidade da linguagem da premiada companhia.
Já o palco do Guairinha recebe “Mutações”, com Luís Melo, indicado aos Prêmios Shell e APCA, em uma investigação sensível do caos contemporâneo a partir de múltiplas linguagens, como teatro, cinema, música e artes plásticas; o novo espetáculo do Grupo Galpão, “Cabaré Coragem”, que leva o público em uma atmosfera engraçada e delirante e os artistas dançam, cantam e fazem números de variedades em um formato inovador; “Tatuagem”, adaptação do longa-metragem contemplado com o Kikito de melhor filme, peça que já recebeu indicação ao Prêmio APCA como melhor direção e seis indicações ao Prêmio Bibi Ferreira; e a estreia nacional de “O Fantasma de Friedrich”, mestre em teatro musical pela New York University, com produções feitas na Off-Broadway em Nova York.
O Teatro Zé Maria recebe a dramédia “Meu Corpo Está Aqui”, um espetáculo baseado nas experiências pessoais de atrizes e atores PCDs, em que, em cena, eles falam abertamente sobre seus relacionamentos, seus corpos, seus desejos; o contemporâneo e elogiado “Todas as Coisas Maravilhosas”, que celebra os 40 anos de carreira do ator Kiko Mascarenhas, em um monólogo de grande sucesso de público e críticas; o drama musical manauara “Cabaré Chinelo”, sucesso que traz relevância política ao falar da outra face da belle époque no Amazonas; e a estreia nacional de “Três Luzes”, monólogo com Cássia Damasceno, escrito pela atriz e o cineasta Aristeu Araújo, marcando a primeira experiência do montador e diretor de filmes na direção teatral.
O Museu Paranaense recebe a performance-ritual “ÜHPÜ”, uma transmutação corporal conduzida pelos xamãs em diálogo com os ancestrais, concebido a partir de experiências xamânicas com os indígenas Ye’pá Mahsã (Tukano) e Huni Kuin, direto do estado do Amazonas.
Mostra Lucia Camargo também reúne peças no Teatro da Reitoria, como o espetáculo “Ana Lívia”, com texto de Caetano Galindo, que marca a volta da respeitada atriz Bete Coelho ao Festival de Curitiba, ao lado de Georgette Fadel; no SESC da Esquina, que recebe o aclamado “Macacos”, que trata sobre a urgência da vida negra no Brasil com o premiado ator Clayton Nascimento; e no Teatro Paiol com “Minifesto Transpofágico”, que já circulou por nove países, em que a atriz e diretora Renata Carvalho faz questionamentos de como as pessoas enxergam o corpo travesti.
O Palácio Garibaldi ainda recebe o espetáculo “Apenas O Fim do Mundo”, do Grupo Magiluth, contando a história de um homem que regressa à casa de seus familiares para lhes dar a notícia de sua morte.