Em janeiro, os comerciantes tentam recuperar as vendas depois de não alcançarem os resultados esperados no final do ano passado. Após o varejo registrar as mais baixas vendas da história do setor durante a Black Friday e o recuo de 1,4% nas vendas do Natal, em comparação ao mesmo período de 2022. Como forma de reverter este cenário e recuperar a arrecadação perdida, os varejistas já reforçam o anúncio de promoções em suas lojas.
Uma das táticas mais comuns utilizadas é a aplicação de descontos progressivos, que consiste em baratear a compra quanto maior for o número de produtos levados pelo cliente. Os descontos aplicados nas compras variam de 10% a 80%, além da possibilidade de prazo estendido para pagamento. Mas o alto valor dos descontos só está sendo colocado em prática, pois os lojistas esperam zerar seus estoques após as vendas durante o fim do ano passado terem sido menores que o esperado.
“Quem frequenta os shoppings, ruas e centros comerciais, já está se deparando com os destaques de ‘Liquidação’, ‘Queima de estoque’ e ‘Promoção’ em praticamente todas as lojas. Os lojistas seguem tentando chamar a atenção dos consumidores de toda a forma. Mas não são só os donos das lojas que estão preocupados com as vendas, os vendedores também estão engajados em bater suas metas e ganhar mais comissões durante este mês para conseguir aproveitar o verão”, destaca Priscilla Levinsohn, diretora de Marketing do Colinas Shopping, em São José dos Campos.
Para além dos comerciantes, o mês de janeiro pode ser favorável também para quem conseguiu economizar suas finanças no final de 2023 e agora deseja ir às compras. Neste cenário, há mais ofertas para os consumidores adquirirem os produtos que estavam mais caros e economizarem até 50% em compras, tendo as mesmas garantias determinadas pelo Código de Defesa do Consumidor.
Como pontua Paulo Motta, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), este ano já começa vantajoso para os consumidores, pois as promoções estão concentradas nos bens duráveis. “Como estamos num verão muito agressivo, o setor de ar condicionado, ventiladores, vai ter uma predominância”, afirma.
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