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Quatro jovens desaparecem em sequência e intriga cidade do Paraná

Os quatro rapazes sumiram sem deixar sinais e as características semelhantes dos casos têm deixado a situação ainda mais misteriosa

Redação
Por: Redação Fonte: Folha Extra
25/01/2024 às 05h36
Quatro jovens desaparecem em sequência e intriga cidade do Paraná
Reprodução

Moradores do município de Wenceslau Braz, no Norte Pioneiro, está intrigado com uma série de desaparecimentos de jovens. Nos últimos sete meses, quatro rapazes sumiram sem deixar sinais e as características semelhantes dos casos têm deixado a situação ainda mais misteriosa. A Folha conversou com os familiares para saber mais sobre o que pode ter acontecido com estes rapazes.

JEFFERSON - O primeiro caso foi registrado em julho do ano passado, quando Jefferson dos Santos, na época com 30 anos, despareceu sem deixar vestígios. “Uma pessoa que estava com ele nos disse que eles estavam perto do bar do ‘Pirulito’ quando um Gol branco com três pessoas parou e fizeram ele entrar. Depois disso, não tivemos mais notícias”, contou a irmã do rapaz, que preferiu não se identificar.

Ainda de acordo com a familiar, Jefferson tinha problemas com álcool, drogas e dívidas. “Ele estava tão entregue as drogas que estava fazendo coisas que não era de costume, como abandonar o trabalho e furtar coisas”, continuou.

A irmã ainda contou que a família recebeu informações assustadoras nas semanas decorrentes do desaparecimento de Jefferson. “Um vizinho dele nos contou que na noite anterior ao desaparecimento escutou gritos e uma discussão na casa dele onde uma pessoa dizia que ele iria pagar por bem ou por mal. Nós também recebemos uma ligação anônima dizendo para parar de ‘fuçar’ nisso, pois ele já estava na cova e iria ser pior para gente”, comentou.

ALESSANDRO - Já há cerca de 30 dias, o brazense Alessandro Fabiano, na época com 41 anos, também desapareceu. “Ficamos sabendo do desaparecimento dele, porque ele não apareceu mais no emprego nem na casa em que ele morava, foi quando um conhecido nos avisou para ir buscar os pertences dele porque ele não ia mais lá. Também achei estranho, pois mantínhamos contato pelas redes sociais e ele não mandou mais mensagens depois que desapareceu”, contou uma sobrinha de Alessandro.

Ainda conforme as informações repassadas pela familiar a reportagem da Folha, a família desconhece o envolvimento de Alessandro com drogas ou que ele tinha dívidas, mas confirmou que o homem fazia uso de bebida alcoólica.

LUCAS - O terceiro rapaz a desaparecer de forma misteriosa foi Lucas Teixeira, de 24 anos. O pai do jovem falou a Folha sobre os últimos momentos com o filho antes dele desaparecer. “No sábado ele estava aqui em casa junto comigo e com minha esposa. A tarde nós terminamos os serviços por volta das 17h00 e ele foi para casa dele. Mais tarde ele voltou aqui em casa para jantar, como era de costume fazer as refeições junto com a gente. Conversamos até por volta das 22h00 e combinamos de no outro dia ele vir ajudar com alguns serviços que era coisa pouca e ele confirmou que vinha. Depois disso, ele foi para casa dele e no dia seguinte não foi mais visto”, contou.

O pai também revelou que o comportamento de Lucas antes de desaparecer estava estranho. “Notamos que o celular dele não parava de tocar e também estavam chegando várias mensagens no WhatsApp. O comportamento dele estava estranho e parecia que ele estava nervoso com alguma coisa, tinha um olhar de preocupação diferente no rosto dele. Cheguei a perguntar para ele se estava acontecendo alguma coisa, mas ele disfarçava e falava que estava tudo de boa”, revelou.

WEDILAN - Outro jovem que também desapareceu de forma misteriosa é Wedilan Cascais, de 26 anos. A Folha conversou com o pai do rapaz que deu detalhes do desaparecimento. “Ele estava comigo minutos antes de desaparecer. A última vez que vi ele, repassei um valor em dinheiro e não nos falamos mais. O que me passaram é que ele embarcou em um caminhão Mercedes 1113 de cor branca em direção a Siqueira Campos para fazer um serviço. Estava com uma camiseta da Metal Leve, calça jeans e coturno”, contou.

O pai do rapaz ainda contou que não notou mudança de comportamento do filho. “Ele chegou a ter problemas com bebidas e fez um ano e meio de tratamento. Que eu saiba, não estava bebendo e não tinha envolvimento com drogas. Não notamos mudanças de comportamento, até porque ele tinha costume de me contar qualquer coisa que estava acontecendo. A única coisa estranha é que ele nunca sumiu por tanto tempo e não gostava de sair com roupas sujas e quando sumiu estava com a roupa do serviço”, explicou.

A Folha também tentou contato com a equipe da Polícia Civil de Wenceslau Braz para saber como andam as investigações sobre o desaparecimento dos rapazes, uma vez que as famílias confirmaram ter realizado o registro do boletim de ocorrência, mas até o fechamento desta edição o delegado Huarlei Chaves não foi encontrado para falar sobre o assunto.

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