Cidades Condenação
Filho é condenado a 36 anos de prisão pela morte do pai radialista em Ubiratã
De acordo com as investigações, o homem de 35 anos encomendou a morte do pai e também da mãe, porque teria várias dívidas e viu uma oportunidade de quitá-las com a venda da casa
03/12/2023 11h40
Por: Redação Fonte: G1 Paraná
Reprodução

Juliano Beckhauser, de 35 anos, foi condenado a 36 anos e 8 meses de prisão por encomendar a morte do pai, o radialista Antônio Beckhauser, 56 anos, em 15 de setembro de 2021 e também da mãe.

A mulher, no entanto, sobreviveu aos disparos.

O crime aconteceu em Ubiratã, centro-oeste do Paraná.

O condenado estava preso desde 6 de abril de 2022 após a investigação apontar que ele orquestrou o crime porque teria várias dívidas e viu uma oportunidade de quitá-las com a venda da casa da avó paterna avaliada em R$ 1 milhão.

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Eliel Neves de Souza, apontado como executor do crime foi condenado a 20 anos de prisão.

Já Wellinton Henrique Souza Oliveira, que intermediou o contato entre Juliano e Eliel, foi condenado a 27 anos de prisão.

A investigação da Polícia Civil concluiu que Juliano armou com outros dois condenados um assalto à residência dos pais.

No dia do crime, pai e filho assistiam a um jogo de futebol, momento em que um homem invadiu a casa e exigiu carteiras e celulares.

Ainda segundo a polícia, o radialista se levantou com as mãos para cima e não reagiu ao assalto. Apesar disso, o criminoso atirou contra a vítima e o filho dele.

A mulher do radialista que estava no quarto também foi atingida por disparos.

De acordo com o delegado Ivo Viana, o filho foi atingido por um disparo na perna como parte da armação entre ele e os outros condenados.

Após o episódio, no decorrer da investigação a polícia descobriu que Juliano estava em conflito com os pais com relação a venda de uma casa que pertencia a avó do acusado, avaliada em R$ 1 milhão.

O homem de 35 anos encomendou a morte do pai e também da mãe, porque teria várias dívidas e viu uma oportunidade de quitá-las com a venda da casa da avó paterna.

Para a venda do imóvel, era necessária a assinatura do radialista, uma vez que a avó é viúva.

Contudo, de acordo com a polícia, os pais e o restante da família não concordavam com a venda da casa.

Segundo o delegado, o filho se mudou para Mato Grosso quando percebeu que as investigações levavam até ele.