Cidades Pirâmide Financeira
PF deflagra operação contra esquema de pirâmide financeira em Cascavel
Policiais Federais saíram às ruas para cumprir dois mandados de busca e apreensão em Cascavel, ambos expedidos pela 9ª Vara Federal de Curitiba e em desfavor dos controladores e em desfavor dos controladores do "Clube de Investimentos Grupo Cvel"
28/11/2023 12h52
Por: Redação Fonte: Catve
Reprodução

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (28) a Operação Engodo, contra suspeitos de operarem esquema ilegal de pirâmide financeira. Segundo a polícia, a maioria das vítimas são de Cascavel, no Oeste do Paraná.

Policiais Federais saíram às ruas para cumprir dois mandados de busca e apreensão em Cascavel, ambos expedidos pela 9ª Vara Federal de Curitiba e em desfavor dos controladores e em desfavor dos controladores do "Clube de Investimentos Grupo Cvel". A Justiça também autorizou o bloqueio de três imóveis pertencentes aos investigados, além de veículos, contas bancárias e ativos financeiros.

As investigações, iniciadas em novembro de 2022, revelaram que, primeiramente, os investigados emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome do clube.

O referido clube foi criado e usado para captar economias de investidores e, supostamente, operar na bolsa de valores com a promessa de retorno financeiro bem acima da média de mercado.

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Restou demonstrado que o clube de investimentos aplicou somente parte dos valores arrecadados no mercado mobiliário e, ainda, que os recursos aplicados normalmente geravam prejuízos.

Uma das investigadas chegava a emitir para as vítimas documentos falsos como termos de adesão, notas de corretagens, demonstrativos de patrimônio do clube e declarações de rendimentos, inclusive com uso da marca do Banco Mercantil do Brasil, que negou relação com o clube.

A investigação contra o grupo começou em novembro do ano passado (2022) quando a Polícia Civil de Cascavel deflagrou operação para apurar o golpe praticado contra investidores.

Na época a suspeita era investigada por captar valores de supostos investidores para criar clube de investimento para realizar investimentos na Bolsa de Valores.

"Durante alguns anos, a investigada apresentou diversos documentos de que esse clube teria resultados sempre positivos que teriam um lucro entre 2% e 4%, motivo pelo qual os investidores continuavam aportando valores", comentou a delegada Raisa de Vargas Scariot.

Entretanto, no mês de outubro, alguns membros do clube solicitaram o resgate e foram surpreendidos: "A pessoa investigada disse que perdeu todos os valores investidos", afirma a delegada Raísa de Vargas Scariot. O caso concluído pela Civil foi remetido pelo STJ à Polícia Federal, que agora deflagrou nova fase de investigação.