O treinamento é uma parte essencial para o desenvolvimento e o sucesso das empresas. Nesse contexto, a Inteligência Artificial (IA) pode ser uma aliada importante para, por exemplo, avaliar o progresso de cada funcionário, identificar possíveis lacunas de habilidades e adequar o material de capacitação de maneira dinâmica para uma aprendizagem mais rápida e eficiente.
Treinamentos podem ser propostos para as mais diversas finalidades organizacionais, como ensinar os colaboradores a usar uma nova ferramenta, otimizar processos em curso ou suprir necessidades de conhecimento. Entre as possibilidades, o treinamento de compliance ganha destaque pela relevância da capacitação para o cumprimento de normas, diretrizes e leis que regem determinado negócio.
Segundo o estudo “Integridade Corporativa no Brasil – Evolução do compliance e das boas práticas empresariais nos últimos anos”, realizado pela auditoria e consultoria Deloitte, 73% das empresas no país planejam investir em treinamentos de compliance até o final de 2024. Isso porque, programas de conformidade devem estar presentes no cotidiano das organizações para serem, de fato, efetivos.
As informações evidenciam que colaboradores conscientes das políticas e dos procedimentos estabelecidos pela empresa podem passar a ser mais comprometidos com um ambiente ético e transparente. Assim, o treinamento atrelado à comunicação é primordial tanto para os profissionais quanto para os parceiros de negócios. Por meio desse repasse, eles podem conhecer as normas e as regras de integridade que regem a companhia na qual trabalham, ou para a qual prestam serviços, e colocá-las em prática.
A IA tem se mostrado um recurso relevante no ambiente corporativo, com possibilidades para o desenvolvimento e o treinamento de colaboradores, graças à sua capacidade de aprender com experiências, simular situações reais, analisar dados e fornecer feedback contínuo.
Uma das principais contribuições da ferramenta para o aprendizado, segundo portais especializados em gestão de pessoas e tecnologia, é a personalização das estratégias de desenvolvimento profissional. Por meio da análise de dados, a instituição consegue compreender quais são as preferências e as demandas de cada um de seus funcionários.
Esse mapeamento é importante porque permite a adaptação do treinamento e o desenvolvimento conforme as necessidades de cada profissional, o que maximiza o potencial da equipe e evita abordagens genéricas. Dessa forma, a personalização é tida como uma estratégia eficaz na gestão de aprendizado corporativo, pois reconhece a individualidade dos colaboradores quanto à bagagem de conhecimento e ao modo de aprendizado de cada um.
Os chatbots também são recursos de IA que podem auxiliar na gestão de aprendizagem corporativa. Esses programas de computador simulam conversas humanas, ajudando a personalizar a interação entre máquina e colaborador e a envolver os profissionais. Além de melhorar a experiência do usuário, otimiza o tempo e diminui a impessoalidade no aprendizado, aumentando a identificação com o conteúdo dos treinamentos.
A rápida evolução tecnológica tem imposto às empresas o desafio de enfrentar uma lacuna de habilidades. De acordo com um estudo feito pela McKinsey, nove em cada dez líderes lidam com a escassez de competências em algumas áreas. Para sanar essa falta, grandes empresas como a Microsoft e a Amazon já têm buscado soluções de treinamentos corporativos por meio de streaming. A alternativa é considerada de alta escalabilidade, moderna, econômica e efetiva.
Desde antes da pandemia, o aprendizado organizacional online já vinha ganhando espaço nas organizações. Com a súbita mudança na configuração de trabalho, essa tendência foi acelerada. Nesse cenário, as companhias descobrem, cada vez mais, que apostar em desenvolvimento e aprendizagem é decisivo para atrair e reter talentos, por exemplo. Segundo o LinkedIn Research de 2019, esse era um aspecto relevante para 94% dos profissionais ao decidir onde trabalhar.
O mesmo levantamento mostrou que as aptidões exigidas para os postos de trabalho foram mudadas em 25% desde 2015. A pesquisa prevê que elas ainda devem mudar em 200% até 2027, mostrando que é necessário que as empresas e os profissionais se atualizem para acompanhar a evolução do mercado e se manterem competitivos.