O Juízo da Vara da Fazenda Pública de Ortigueira condenou nesta segunda-feira (6) o ex-secretário municipal de obras, Arysson Moraes Mattos, por ter recebido R$ 5 mil em propina. Moraes terá que pagar uma multa do mesmo valor, além de ter suspendido os direitos políticos por cinco anos e de ter sido interditado da possibilidade de contratar com o poder público pelo mesmo período de tempo. Esta ação civil, onde ele responde por improbidade administrativa, não transitou em julgado ainda então há possibilidade de recurso. Pelo mesmo caso, Mattos também responde de uma ação do Ministério Público por corrupção passiva.

Mattos é filho do prefeito da cidade Ary Mattos, agora filiado à União Brasil depois de ter sido eleito pelo DEM. Em novembro de 2022, o MP recebeu uma queixa contra o então secretário municipal de obras.

Ele é acusado de pedir propina ao dono da empresa de concretagem Edmix, Edvandro da Lapa, conhecido como ‘Mineiro’ e o ameaçar de ter “dificuldades” de trabalhar na cidade por “falta de equipamento necessário para regular atuação da empresa”. Por esta razão, Mineiro pagou R$ 4,6 mil para a conta de Osvaldo Kovaleski, ex-secretário de Obras, explicando que o dinheiro servia para convencer o secretário Mattos a “não fechar a empresa”. Kovaleski decidiu relatar o fato a Polícia Civil, que monitorou o lugar escolhido para a entrega do dinheiro e prendeu Mattos, com R$ 5 mil.

As informações constam nos autos aos que Plural teve acesso. Em seu interrogatório, Mattos se defendeu das alegações afirmando que “houve uma insistência por parte de ‘Mineiro’ em pagar esse valor” como “confraternização” para contribuir as despesas da festa anual dos funcionários da secretaria. Mattos confirmou de ter recebido R$ 5 mil, mas negou que faziam parte do pagamento de propina.

Depois deste episodio, ele foi exonerado do cargo, mas o pai continua prefeito de Ortigueira.