Por conta de uma melhora no mercado de capitais, empresas brasileiras estão aproveitando o momento para começar captações que devem chegar a um total de R$ 40 bilhões por meio de ofertas de ações na Bolsa de Valores (B3) e emissões de títulos de dívida no mercado local e externo, de acordo com uma apuração do jornal O Estado de S. Paulo.
A maior parte desses recursos está sendo usada pelas companhias para pagar dívidas, mas empresas como Suzano, CSN, Localiza e Direcional planejam levantar dinheiro para investimentos e planos de expansão.
Recentemente, a Petrobras emitiu US$ 1,25 bilhão (R$ 5,95 bilhões) em bonds de 10 anos, pagando ao investidor taxa de 6,625%. A operação sucede a da Cosan, que captou US$ 550 milhões em bonds de 7 anos. As empresas brasileiras ficaram vários meses sem acessar recursos no exterior por causa de fatores externos e internos.
“Entendemos que é um momento de retomada do crédito nas instituições financeiras internacionais e no Brasil”, avalia Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial e Country Manager da Savel Capital Partners.
Pausa na alta de juros
A reabertura da janela no mercado de capitais acelerou uma agenda de operações que era esperada para o segundo semestre. Nos Estados Unidos, em setembro, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) resolveu pausar as altas de juros e, no setor financeiro, as quebras de bancos americanos ou europeus, que assustaram investidores, pararam de acontecer.
“As instituições financeiras internacionais e o governo brasileiro passaram a frear a alta de juros, isso possibilita que empresários retomem a busca por crédito para voltar a crescer ou até mesmo pagar dívidas, e depois investir em suas operações”, afirma Bravo.
No cenário interno, vários fatores têm impulsionado a melhoria do mercado brasileiro. Isso inclui a mudança na perspectiva da classificação de risco do Brasil pela Standard & Poor's (S&P), uma redução na taxa de inflação, a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados e a antecipação da expectativa de redução das taxas de juros, o que tem levado as taxas futuras a declinar.
"As empresas médias brasileiras através do ACI podem participar do futuro dessa fatia caso escolham pela internacionalização, além de se prepararem para captação de recursos como as grandes empresas fazem", diz Luciano Bravo.
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