Um estudo sobre confiança denominado Trust Barometer, realizado no ano passado pela agência global de comunicação Edelman, apontou que 96% dos funcionários se preocupam com a estratégia de sustentabilidade das empresas em que trabalham e que 80% dos investidores levam em consideração, em suas decisões, os critérios de ESG (“Environmental, Social and Governance” - “Governança ambiental, social e corporativa”, em tradução livre) das empresas.
O mesmo estudo constatou que, nos Estados Unidos, a maioria das empresas já está incorporando tais critérios em suas operações. Já outro estudo divulgado neste ano pela Manpower, organização que oferece soluções globais de gestão de talento, mostrou que 68% dos trabalhadores da geração Z – jovens nascidos entre 1996 e 2010 – estão insatisfeitos com o progresso das empresas em que trabalham na criação de um ambiente de trabalho que promova a diversidade e a inclusão. Essa insatisfação tem impacto no mundo corporativo à medida que aumenta a influência da geração Z na economia.
“Manter operações sustentáveis e responsáveis não se trata mais de uma escolha, e sim de uma necessidade imposta às empresas pelo mercado e pelo comportamento dos consumidores”, afirma Gabrielle Agner, que integra a equipe de marketing da franquia de alimentação saudável Sucão Cozinha Saudável.
Agner acredita que essa tendência reflete as preocupações das novas gerações, “que cada vez mais priorizam o consumo de marcas transparentes e socialmente responsáveis, que demonstram respeito pelo meio ambiente, pelas pessoas e que praticam uma boa gestão”.
Segundo o mais recente relatório World Population Prospects, da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 50 milhões de brasileiros fazem parte da geração Z. Na América Latina, compõem esse grupo mais de 160 milhões de pessoas, ou 25% da população, e estima-se que, até 2050, ele represente mais de um terço do PIB da região.
Em uma pesquisa realizada com executivos entre março e abril deste ano pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil), foi apresentado como o principal motivo de as empresas implementarem as práticas de ESG o fortalecimento da sua reputação de mercado (61%), seguido do impacto positivo em questões socioambientais (57%) e da redução de riscos ambientais, sociais e de governança (40%).
Como fatores que contribuem para o sucesso dessa implementação, os entrevistados citaram, entre outros, a capacitação de lideranças e colaboradores (48%), ações de conscientização (47%), o desenvolvimento de uma cultura forte de sustentabilidade (43%) e a previsão de orçamento dedicado para investimentos em iniciativas de ESG (40%).
ESG no âmbito do franchising
É possível adotar iniciativas de ESG também dentro do modelo de negócios de franquias, garante Gabrielle Agner, da franquia Sucão. “Primeiramente, no processo de seleção de franqueados, as franqueadoras podem ir além da análise financeira e avaliar o comprometimento dos franqueados com práticas sustentáveis e responsabilidade social”, afirma.
Outros procedimentos que podem ser adotados pelas franqueadoras, segundo Agner, são estabelecer normas sustentáveis para as operações dos franqueados, incorporar métricas transparentes aos contratos para avaliar o desempenho deles em relação às metas de ESG, incentivar o envolvimento deles em ações de responsabilidade social, estimulá-los a buscar soluções e práticas mais ecológicas em suas operações diárias e oferecer a eles suporte e recursos essenciais para a implementação dessas práticas.
“Essas abordagens não apenas beneficiam a reputação da marca, mas também atraem franqueados e clientes que valorizam a sustentabilidade e a responsabilidade social”, avalia Agner.
Para saber mais, bastar acessar: https://sucao.com.br/franquia-de-alimentcao-saudavel/
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