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12 empresas querem licenciar inovações desenvolvidas nas universidades

Governo do Estado divulgou o nome das interessadas em licenciar 25 soluções tecnológicas desenvolvidas por instituições de ensino superior do Para...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Paraná
20/10/2023 às 08h25
12 empresas querem licenciar inovações desenvolvidas nas universidades
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

O Governo do Estado divulgou nesta quinta-feira (19) os nomes de 12 empresas interessadas em licenciar 25 soluções tecnológicas desenvolvidas em universidades paranaenses e apoiadas pelo Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime) , na edição de 2023. As instituições de ensino superior e os pesquisadores irão articular as contrapartidas oferecidas pelas empresas selecionadas para assinar os acordos de transferência tecnológica e começar a produção e comercialização das inovações.

O Prime é uma iniciativa da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para incentivar o desenvolvimento socioeconômico paranaense, agregando tecnologia aos processos de produção de bens e serviços. O Programa tem como objetivo transformar o resultado de pesquisas acadêmicas com potencial de mercado em produtos, serviços e novos negócios, beneficiando a economia e a população paranaense.

Entre 30 projetos disponibilizados em chamada pública pela Seti, nove estão com mais de uma empresa interessada em contratar o licenciamento. É o caso de um dispositivo para perfurar queijos, desenvolvido pela pesquisadora Silviane Aparecida Tibola, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), do campus Dois Vizinhos. As empresas Frimesa, Queijos Nato Bom e Novos Rumos demonstraram interesse em produzir e comercializar o equipamento.

Um fungicida biológico desenvolvido com nanotecnologia para o controle de doenças na produção de alimentos está sendo disputado pelas empresas Simbiose e Baic Biotecnologia Agrícola, que atuam no ramo de defensivos agrícolas. A solução foi proposta pela estudante de doutorado Maria Luiza Abreu Nicoletto, do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Além das duas empresas, o fundo de investimento Moa Ventures, que impulsiona startups de base tecnológica, também sinalizou intenção de licenciar essa inovação, além de mais 17 projetos.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL -O diretor de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina, destaca a importância da transferência de tecnologia e inovação. “A transferência de tecnologia permite que o conhecimento técnico gerado nas universidades, nas mais diferentes áreas, seja convertido em produtos e serviços em benefício da sociedade, contribuindo para impulsionar novos negócios e disseminar a produção científica e tecnológica”, afirma.

Segundo o diretor, esse processo de transferência de conhecimento está associado ao desenvolvimento regional sustentável. “Os contratos de transferência, cessão ou licenciamento de tecnologias funcionam como um elo entre o setor produtivo acadêmico e o setor produtivo empresarial, com impacto direto no desenvolvimento socioeconômico local e regional e no fomento de atividades de inovação e de capitalização do conhecimento”, salienta.

Todos os projetos dessa chamada pública contam com pedidos de patente depositados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), instituição ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

PRIME –Lançado pela Seti em 2021, o Prime integra o conjunto de ações do Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade, denominado Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni). O Prime contribui para fortalecer a cultura empreendedora entre professores, estudantes e profissionais da carreira técnica administrativa de instituições de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica.

O programa consiste na realização de trilhas de capacitação e qualificação de pesquisadores, por meio de workshops, consultorias e mentorias em vários temas, como: desenho de soluções, fontes de financiamento, ideação, legislação, modelagem financeira, parcerias, pesquisa e desenvolvimento (P&D), processos comerciais, propriedade intelectual, patente verde, transferência tecnológica e validação de negócios.

Neste ano, 80 pesquisadores inscreveram projetos de pesquisas na primeira fase do programa. Atualmente, participam da segunda fase 20 desses pesquisadores, ligados a sete instituições de ensino superior e ao Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR). Essa etapa segue até 25 outubro, quando serão anunciados os cinco pesquisadores finalistas, que receberão premiação de R$ 200 mil, cada, para investimento nos respectivos projetos.

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