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Lula e Campos Neto passarão a se encontrar periodicamente, diz Haddad
Segundo ministro, primeira reunião entre os dois teve clima cordial
27/09/2023 22h25
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

O primeiro encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, transcorreu em clima cordial, disse nesta quarta-feira (27) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o titular da Fazenda, Lula combinou reuniões periódicas com Campos Neto daqui para a frente.

“A reunião foi excelente, uma reunião de trabalho, muito boa, muito produtiva, cordial. A conversa transcorreu muito bem”, disse Haddad, que participou do encontro, ao retornar ao Ministério da Fazenda. Com uma hora de atraso, a reunião começou por volta das 18h30 e acabou por volta de 19h45.

Essa foi o primeiro encontro entre Lula e Campos Neto desde que o presidente da República tomou posse. A conversa ocorreu por iniciativa do presidente do BC e foi mediada por Haddad, que se reúnem em média uma vez a cada 45 dias.

Classificando a conversa “de alto nível”, Haddad disse que o encontro serviu para construir relações. “Foi um encontro institucional, de construção de relação, de pactuação em torno de conversas periódicas", disse.

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Sobre uma possível conversa em relação aos juros básicos, objeto de críticas públicas de Lula a Campos Neto desde o início do ano, o ministro desconversou e disse que os dois não trataram de tópicos específicos. “O presidente [Lula] deixou claro o respeito que tem pela instituição [Banco Central]. A reciprocidade foi muito boa da parte do Campos Neto”, limitou-se a dizer o ministro.

No início do ano, Lula e Campos Neto tiveram uma relação tensa, com o presidente da República criticando a demora do Banco Central em baixar a Taxa Selic (juros básicos da economia), que ficou em 13,75% ao ano entre agosto de 2022 e agosto deste ano e atualmente está em 12,75%. Em junho, Lula tinha classificado de “irracional” o nível dos juros .

A crítica mais recente ocorreu no início deste mês. Em evento em Fortaleza, o presidente afirmou que ia “continuar brigando” para os juros caírem .