Nos dias atuais, a construção de um ambiente de trabalho saudável e atraente tem se tornado uma preocupação recorrente para as empresas. Isso se dá desde que doenças mentais e físicas cada vez mais vêm impactando o cenário profissional. Segundo um estudo global, realizado pelo Instituto Ipsos para o Fórum Econômico Mundial, cerca de 53% dos brasileiros notaram complicações em sua saúde mental desde o início da crise de covid-19. Esse resultado posiciona o Brasil em 5° lugar, entre 30 países, onde os entrevistados mais sentiram prejuízos no bem-estar depois da pandemia.
Compreendendo a importância do bem-estar dos colaboradores e a necessidade de criar um Employer Branding positivo, as organizações estão investindo cada vez mais em estratégias que promovam bem estar, e dentre elas está o salário emocional. Trata-se de benefícios intangíveis oferecidos pelas empresas para além do salário tradicional, como reconhecimento, oportunidades de desenvolvimento profissional, flexibilidade de horários e programas de bem-estar, entre outros. Esses aspectos têm um impacto positivo significativo na satisfação e no engajamento dos colaboradores, refletindo diretamente em sua produtividade e na construção de uma reputação positiva para a organização.
Segundo texto publicado pela ETALENT, empresa com quase quatro décadas de experiência no setor de gestão comportamental, as motivações e o conceito de felicidade variam de maneira muito particular entre as pessoas. Contudo, algumas circunstâncias comumente associadas ao conceito de salário emocional são:
De acordo com Jorge Matos, CEO da ETALENT, organização especializada em desenvolvimento humano e organizacional: "um dos grandes pontos tóxicos que levam as pessoas a terem um quadro com diversas possibilidades de doenças, sejam elas físicas ou emocionais, é a inadequação da sua natureza ao cargo, bem como estar infeliz em seu ambiente profissional", e continua: "Para reter os melhores talentos e evitar o turnover (ou taxa de rotatividade) alto, é necessário investir em uma cultura organizacional saudável e inclusiva, modelos de gestão humanizados, planos de carreira e de desenvolvimento profissional, alinhamento entre função e comportamento, além de ações voltadas para o bem-estar corporativo e saúde mental dos colaboradores", alega.
Para Matos, investir no salário emocional não apenas fortalece a reputação da organização frente ao mercado, mas também aumenta a sua atratividade enquanto marca empregadora, atraindo mais talentos em processos de Recrutamento e Seleção. Além disso, proporciona aos colaboradores um ambiente de trabalho estimulante e gratificante, contribuindo para o seu desenvolvimento profissional e pessoal. Afinal, pessoas felizes são mais produtivas.
"Ao entender a importância do bem-estar e da felicidade dos colaboradores, as empresas demonstram comprometimento com suas equipes, estimulam a produtividade e constroem uma cultura organizacional saudável. O salário emocional, portanto, apresenta-se como um diferencial competitivo importante em um mercado de trabalho cada vez mais exigente e dinâmico", finaliza.