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Startups desenvolvem jogo educativo e plataforma para incentivar doação de sangue
Com apoio da Fundação Araucária, sistema criado pela Sangue Bom Serviços de Desenvolvimento de Software interliga hemonúcleos com doadores e comér...
04/09/2023 17h20
Por: Redação Fonte: Secom Paraná
Foto: Fundação Araucária

A oscilação no número de doadores traz o risco de desabastecimento nos bancos de sangue. Segundo o Ministério da Saúde, a cada mil habitantes apenas 14 pessoas doam sangue no Brasil. Com o objetivo de aumentar este número uma startup de Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, criou uma plataforma buscando fidelizar as pessoas que já são doadoras e atrair novos voluntários.

Com apoio da Fundação Araucária, o sistema desenvolvido pela Sangue Bom Serviços de Desenvolvimento de Software pretende interligar hemonúcleos com doadores e o comércio local que oferece diversos benefícios exclusivos aos doadores regulares.

“Criamos uma plataforma web que será utilizada pelos hemonúcleos e comércio, interligada a um aplicativo gratuito para smartphones, o qual será utilizado pelos doadores de sangue. Com uma assinatura mensal, nossos parceiros do comércio cadastram promoções para aumentar seu movimento e incentivar o doador a continuar doando, vinculando as promoções às doações frequentes”, explica John Tonete, coordenador comercial da Sangue Bom.

O hemonúcleo terá uma forma de se comunicar e gerenciar os doadores, além de um espaço para fazer campanhas. “O sistema acaba sendo uma espécie de agenda para que o doador se atente ao momento da nova doação. Sabemos que no sistema convencional muitas pessoas doam quando lembram ou quando alguém precisa”, ressalta.

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Além de ser um espaço de conscientização direta com os doadores sobre a importância da doação frequente, ele explica que a startup está sempre buscando a variação dos benefícios para incentivar a fidelização dos doadores. “A partir do momento em que o doador já pode fazer uma nova doação ele não tem mais acesso a esses benefícios fazendo com que volte a doar novamente para que o sistema libere os benefícios”, diz o coordenador comercial da Sangue Bom.

PROGRAMA CENTELHA– A tecnologia foi um dos projetos apoiados pelo Programa Centelha que integra o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Startup Life (Napi) da Fundação Araucária. A iniciativa tem como objetivo estimular o empreendedorismo por meio de capacitações para o desenvolvimento de bens, serviços e processos inovadores.

Segundo o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, o Centelha é um dos principais programas de apoio às startups do Estado do Paraná. “Ele atua de forma muito eficiente em um momento que percebemos que as startups têm mais dificuldade de iniciarem o seu processo para se transformarem em uma grande empresa. Então, a Araucária se junta a este esforço que é nacional para ajudar as startups”, destaca.

Em duas edições, o programa subsidiou aproximadamente 80 startups paranaenses com um investimento de R$ 4.665.000,00 do Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

“É importante também considerar que hoje a Fundação Araucária é a instituição que mais apoia startups no Paraná. Somados os recursos até 2023 nós vamos ter mais de R$ 100 milhões em vários outros programas que foram aplicados”, ressalta Spinosa.

JOGO COM CONTEÚDO DIDÁTICO– Outra startup apoiada pelo Centelha é a Ybyram Gamificacao Sustentável de Curitiba. O Ybyram é um jogo com conteúdo didático voltado às crianças de 9 a 11 anos, de forma interdisciplinar, a partir de um contexto de valores sustentáveis e humanos da ONU (Agenda 2030). A proposta, segundo uma das sócias da startup Gabriela Mondini de Lima, é uma alternativa disruptiva, divertida e leve. Busca sanar a falta de uma plataforma de ensino a distância, feita especialmente para crianças, considerando suas particularidades emocionais.

“A gente sempre estava pensando em como conectar a educação com a sustentabilidade. E queríamos algo diferente, por isso pensamos no jogo, que fosse realmente divertido e que por trás seria educativo”, afirmou Gabriela. “Testamos em duas escolas e vimos claramente uma evolução de crianças que não sabiam o que era sustentabilidade e depois sabiam que sustentabilidade, além de cuidar do planeta, era ajudar os outros, cada um fazer a sua parte na cidadezinha que construímos no jogo”.

A empresária destaca ainda que o apoio recebido pelo programa Centelha foi fundamental para o desenvolvimento da startup. “Nossa empresa só surgiu por causa do Programa Centelha. Ele foi o ponto de partida para existirmos”, disse.

“Aprendemos como ser uma empresa, desde como fazer o CNPJ até a comunicação entre pesquisa e empresa. O apoio financeiro foi muito importante, mas todo o acompanhamento e mentoria que tivemos foi primordial. Já pensamos em um novo projeto para participar da próxima edição do Centelha”, destaca Gabriela.