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Com grande impacto social, olericultura gerou R$ 6,8 bilhões ao Paraná em 2022
Participação da cadeia no Valor Bruto da Produção é de apenas 3,5%, mas atividade é relevante como geradora de empregos e renda no campo e nas cid...
10/08/2023 12h55
Por: Redação Fonte: Secom Paraná
Foto: José Fernando Ogura

A olericultura (produção de legumes e verduras) ainda não tem densidade produtiva semelhante à dos grãos no Paraná. No entanto, adquire importância social e econômica muito relevante onde é cultivada. O tema é abordado no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 4 a 10 de agosto. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).

Os números preliminares do Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária paranaense apontam para um montante de R$ 191,2 bilhões gerados no campo em 2022. A maior parte tem origem na produção de grãos, cereais e proteínas animais.

A olericultura participa com 3,5%, tendo gerado R$ 6,8 bilhões de VBP, a partir de 50 espécies cultivadas no Estado. Apesar da extensa gama de produtos, a batata, o tomate e a mandioca para consumo humano concentram 43,5% da área cultivada, 49,6% do volume produzido e 48,4% da renda bruta gerada.

“Mesmo com participação ainda pequena na economia rural do Estado, a olericultura se reveste de importância singular nas regiões e municípios onde está inserida, gerando empregos e renda tanto no campo como nas cidades nos mais diversos elos das cadeias de produção”, analisa o engenheiro agrônomo do Deral Paulo Andrade.

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MANDIOCA– O Paraná aumentou em 7% a área plantada de mandioca em relação a 2022, passando de 126 mil para 136 mil hectares. A produção estimada é de 3,3 milhões de toneladas, superior em 11% aos 2,9 milhões de toneladas do ano passado. O crescimento tem muito a ver com os bons preços conseguidos pelos agricultores.

Ainda que a produção solidifique o Estado na segunda posição nacional, atrás do Pará, a safra não é suficiente para atender a demanda industrial, que se abastece de matéria-prima de outras regiões, como Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

MILHO E TRIGO– O tempo seco possibilitou avanço na colheita do milho, chegando a 28% da área de 2,4 milhões de hectares, ante 17% na semana anterior. Das lavouras não colhidas, 13% estão na fase de enchimento de grãos, que devem ser beneficiadas pelas chuvas que iniciaram terça-feira (08).

Menos de 1% da área estimada de 1,4 milhão de hectares de trigo foi colhida, o que coloca as lavouras em risco climático. A ausência de geadas generalizadas até o momento é fator positivo. mas o inverno atípico, com temperaturas acima da média, pode afetar a produtividade.

BOVINOCULTURA E FRANGO– Apesar da queda nas exportações em julho em relação ao mês anterior, a venda de carne bovina brasileira para outros países continua alta. No primeiro semestre de 2023 foram exportadas 1,1 milhão de toneladas. A China recebeu 50% desse volume.

O Boletim de Conjuntura também reproduz dados do AgroStat Brasil sobre as exportações de frango no primeiro semestre de 2023. Em faturamento, houve crescimento de 10,2%, passando de US$ 4,6 bilhões em 2022 para US$ 5 bilhões. Em volume, subiu de 2,3 milhões de toneladas para 2,5 milhões de toneladas (9,5%). O AgroStat é uma plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que reúne informações sobre o comércio exterior do agronegócio brasileiro.