De acordo com o infográfico, publicado pela Globo, 60% dos executivos de moda planejam investir em economia circular em 2023. Fortalecendo esse cenário, na pesquisa publicada pelo Statista Research Department, em junho de 2023, estima-se que a participação na receita global no segmento de moda sustentável cresça 1,4% continuamente entre 2023 e 2026.
O conceito de moda circular tem os mesmos princípios fundamentais que a economia circular e o desenvolvimento sustentável, no qual busca eliminar o desperdício e promover a sustentabilidade. A ideia central é manter os recursos em circulação pelo maior tempo possível, evitando a extração excessiva de meios naturais e a geração de mais resíduos. O mercado de moda consciente vem crescendo e as expectativas do setor são positivas para os próximos anos.
Para Eduardo Cunha, diretor de comunicação da Cresci e Perdi, franquia no segmento de roupas e acessórios infantis, a moda circular tem como objetivo principal promover a eficiência e a resiliência econômica, sendo necessário pensar no bom uso de produtos que possam contribuir para uma economia mais consciente. “A moda se insere nesse cenário sustentável com o aproveitamento de roupas, brinquedos e acessórios, que podem ser revendidos com valores abaixo dos do mercado convencional e com a mesma qualidade”, explica Cunha.
O crescimento do mercado de moda circular é impulsionado principalmente pelas gerações mais jovens. Ainda segundo o infográfico elaborado pela Globo e citado anteriormente, nos EUA, 40% da Geração Z e 30% dos Millennials já possuem o hábito de acessar sites e plataformas de peças usadas.
Com isso, para analisar esse segmento, o diretor de comunicação, responde algumas perguntas destacando pontos específicos quanto ao assunto:
Como você entende o impacto dessa visão sustentável no mundo?
E.C: Ao adotar os princípios da economia circular, é possível criar um sistema econômico mais sustentável e equitativo, no qual os recursos podem ser utilizados de forma mais eficiente e os impactos ambientais são minimizados. Além de possibilitar vantagens, como a redução da dependência de recursos finitos, a atenuação das mudanças climáticas drásticas, a preservação da biodiversidade e a criação de empregos verdes.
Como é possível inserir a economia sustentável?
E.C: A transição para uma economia circular requer a colaboração de diversos setores, incluindo governos, empresas, consumidores e organizações não governamentais. Mudanças nos padrões de consumo são necessários para impulsionar essa transformação. O consumidor hoje é chave dessa mudança. Ele já entende que é possível adquirir um produto de segunda mão, com qualidade; assim como é possível passar adiante esse mesmo produto, e ter algum retorno.
De que maneira a compra e venda de produtos de segunda mão, bem como o aluguel destes produtos, pode ser benéfico para os consumidores?
E.C: O consumidor pode ter acesso a produtos com a mesma qualidade que um artigo novo, porém com o preço mais acessível, tendo ainda a opção de apenas alugar, o que pode significar uma economia maior. Os itens de segunda mão são devidamente selecionados, limpos e preparados para revenda. É importante também comentar que a revenda pode ser benéfica, não apenas para o consumidor, mas para aqueles que querem passar para frente itens que não precisam mais. O que é muito comum com artigos infantis.
Como a Cresci e Perdi atua dentro deste setor de moda circular?
E.C: Fazendo a captação de itens do universo infantil nas cidades, nas 500 lojas em todo o país. As roupas, brinquedos e acessórios passam por um processo de avaliação dos lotes levados até as lojas pelos clientes, que recebem um valor pelos produtos aprovados pelos avaliadores. A Cresci e Perdi, além da venda destes produtos, também faz locação de itens infantis.
Para saber mais informações, basta acessar: https://crescieperdi.com.br/
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