O Grupo de Operações Aéreas Penitenciárias (GOAP), por meio da Escola de Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen), ministrou em Londrina, no Norte, um curso às forças policiais da cidade. A turma de 18 alunos foi composta por policiais penais, rodoviários federais, militares e civis.
Após quatro dias de instruções práticas e teóricas envolvendo legislações e normativas, os policiais foram habilitados como pilotos de RPAS (sigla para Remotely Piloted Aircraft System), os drones. Para agregar ainda mais aos trabalhos desenvolvidos pela Polícia Penal do município, foi entregue a cautela de mais uma aeronave remotamente pilotada.
Para o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Osvaldo Messias Machado, as RPAS são importante auxílio no desempenho dos trabalhos e, ao mesmo tempo, dão maior segurança aos servidores.
“A formação para pilotar RPAS é importante pois essa tecnologia é uma ferramenta para fazermos varreduras no entorno das unidades sem que precisemos colocar um policial in loco. O uso destes drones evita que coloquemos em risco a vida de servidores que fazem a fiscalização e proteção de área”, disse.
O diretor da Espen, Rodrigo Fávaro, destaca que o uso de drones representa a tecnologia e inovação em prol da segurança e eficiência das operações policiais. “A qualificação oferece a possibilidade de utilizar a tecnologia em favor da vigilância e custódia, tanto dentro quanto fora dos presídios. A varredura aérea é muito mais eficaz do que a terrestre, principalmente no período noturno, já que os equipamentos possuem sistema infravermelho", afirmou.
De acordo com ele, a operação se compara às aeronaves tripuladas, já que existem regras para alçar voos e operar dentro de rotas seguindo o que permite a regulamentação.
O coordenador regional da Polícia Penal de Londrina, Reginaldo Peixoto, acrescentou que a vinda de mais um drone possibilita a melhor atuação na efetivação de rondas nas unidades penais sem expor a segurança do policial, inibindo assim os arremessos de ilícitos às unidades, principalmente no período noturno.
“O entorno das unidades penais de Londrina são em sua maioria descampados, escuros e com áreas de mata, o que dificulta a visualização dos operadores. Com a tecnologia de câmeras termais dos drones, esse trabalho poderá ser feito com melhor atuação tática e sem expor o policial”, disse.
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Os policiais penais e também instrutores do GOAP, Vinícius Vieira Pedroso e César Sá, enfatizaram a importância da integração das forças policiais tendo em vista que o objetivo de prezar pela segurança é de todos. Sá ressaltou que o cenário ideal é que as regionais tenham equipamentos para atuar em tempo integral e que estejam sempre a pronto emprego. “Nosso objetivo é entregar mais equipamentos às regionais e qualificar o servidor para que a ferramenta flua e entreguem resultados”, complementou.