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Vereador é preso durante operação do Gaeco em Campo Mourão, Peabiru e Engenheiro Beltrão

A operação denominada Arnaque (tradução livre do francês: golpe) faz alusão aos métodos fraudulentos usados pelas organizações criminosas para enganar as vítimas

Redação
Por: Redação Fonte: MPMS
05/07/2023 às 20h07
Vereador é preso durante operação do Gaeco em Campo Mourão, Peabiru e Engenheiro Beltrão
Reprodução

Uma megaoperação deflagrada na manhã desta quarta-feira pelo Ministério Público do Piauí, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Mato Grosso do Sul, cumpriu vários mandados de prisão e de buscas, em pelo menos oito estados.

A operação denominada Arnaque (tradução livre do francês: golpe) faz alusão aos métodos fraudulentos usados pelas organizações criminosas para enganar as vítimas. A operação abrangeu também cidades da região como Campo Mourão, Peabiru e Engenheiro Beltrão, cidade onde um vereador acabou detido.

De acordo com o Ministério Público do Mato Grosso do Sul, a operação foi realizada para dar cumprimento a 39 mandados de prisão preventiva e de 51  mandados de busca e apreensão nos Estados de Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná e Piauí.

As equipes percorrem oito Estados do país em etapa conclusiva da investigação que, no último mês, tornou réus todos os 39 alvos de mandados de prisão, dentre eles sete advogados, dois vereadores e outros dois servidores públicos, pela prática dos crimes de integrar organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e uso de documento falso.

O trabalho investigativo identificou duas organizações criminosas lideradas por advogados responsáveis pela propositura de mais de 70 mil ações judiciais em todas as regiões do país, muitas delas consideradas temerárias pelo Poder Judiciário (praticamente todas as demandas partem da premissa de que empréstimos consignados são forjados).

As organizações criminosas obtinham procurações de idosos, deficientes e indígenas para, ao final, ajuizarem múltiplas demandas em nome deles contra instituições financeiras, terminando cerca de 10% dos casos com procedência; quando não são feitos acordos em massa com instituições financeiras.

 

As investigações revelaram que os crimes, apesar de explorarem pessoas em grave situação de pobreza e vulnerabilidade social, permitiram que líderes das organizações criminosas movimentassem cerca de R$ 190 milhões em menos de cinco anos de atividade.

Equipes dos GAECOs dos Ministérios Públicos da Bahia, de Goiás, de Mato Grosso, de Minas Gerais, da Paraíba, do Paraná e do Piauí, bem como do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e do Departamento de Operações de Fronteira – DOF prestaram apoio operacional ao GAECO do MPMS.

A operação contou também com a participação das Comissões de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil por todo o país.

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